Além dos assuntos do futebol, arrisco meus pitacos em outros acontecimentos.
Não fico bem à vontade quando o lance é a política. Tenho até dificuldades em alinhar o assunto.
E, agora, danou-se. Estamos diante de um estilo violento de fazer política na maior cidade do Brasil.
Não somente isso. O que nos deixa encafifados é a forma como a mídia especializada trata o assunto.
Nos debates, pela televisão, em torno do pleito para prefeitura de São Paulo, candidatos acabaram indo além das agressões verbais.
Um deles, Datena, fez uso de uma cadeira e agrediu, violentamente, o seu oponente Marçal.
Falta de respeito e dignidade no ralo.
O que vem depois é que são elas: quem ganhou ou perdeu com a cena grotesca e lamentável.
Pela lógica do algoritmo, o placar apontou o seguinte: como apresentador de televisão, Datena "venceu". Como candidato, "perdeu" muitos pontos.
Já o Marçal, agredido com a "cadeirada", foi o "perdedor" pelo fato de ser melhor visto como agressor.
Vejam se isso é possível. Do que estamos tratando, afinal de contas?
O pior vem depois. Para que fatos dessa natureza não se repitam, decidiu-se que as cadeiras nos locais dos debates serão parafusadas no chão.
Isto não é risível. É ridículo.
Sem comentários. Faço das suas palavras as minhas. O Brasil é um pais sem futuro.
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