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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 2 de outubro de 2024

CARA DE BANDIDO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quando via no cinema as prisões insalubres de países asiáticos cheias de encarcerados mal encarados, imaginava se tratar apenas de ficções produzidas pela sétima arte.

Pensava: não é possível que isso seja uma coisa real. Exageradamente desumano, concluía no pensamento.

Os prisioneiros tinham mesmo caras de bandidos perigosos.

Inocente, achava não ter isso no Brasil.

País tropical, abençoado por Deus e mais humano por natureza.

O tempo passou, voou e não ficou numa boa.

Quando o incrível Moro meteu um bocado dos nossos salafrários na cadeia, o inocente aqui se deparou com uma coisa inimaginável.

Se as prisões brasileiras não se mostraram insalubres, os cleptocratas de colarinho branco do país não decepcionaram no figurino de encarcerados.

Ficaram, cinematograficamente, impecáveis.

Com cabeleiras desbastadas e “fardas” de prisioneiro, os novos inquilinos dos presídios não têm feito feio.

Ganharam caras e jeitos de bandidos.

Talento é para essas coisas.

É a arte que imita a vida?

Ou a vida se arvora de imitar a arte?

Um comentário:

  1. A harmonia entre os poderes no Brasil nunca foi tão harmoniosa, tão vergonhosa, podre e vil.

    Temos um executivo de comprovada reputação duvidosa. Um legistativo inoperante, decorativo e omisso presidido por um subserviente, vendido e cúmplice do executivo.

    Um judiciário nomeado de favor cujos membros se acusam no plenário da "Côrte" de terem por trás de suas decisões interesses que não são os da justiça - ("Ministro Luiz Roberto Barroso para o ministro Gilmar Mendes").

    Brasil, alcançou a iniquidade. Virou um prostíbulo da mais ordinária categoria.

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