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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 26 de maio de 2025

"TINHA EU 14 ANOS DE lDADE..." - Paulinho da Viola - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista

Aos 14 aninhos, a "trunfa" e a gola levantada, ao estilo dos roqueiros da década de 50/60, foto do garoto Wilton Bezerra.

Curtia o rock de Elvis Presley e o twist de Chubby Checker. Gostava do resfolego da sanfona de Luiz Gonzaga, ouvia e estranhava a Bossa Nova.

Não manjava nada de contracultura.

Olhar juvenil e cabuloso de quem achava o futuro glorioso.

O futebol já estava na veia. 

As ruas do Crato, o seu chão.

2 comentários:

  1. As vezes lembro desse tempo de minha idade. De quando as preocupações ou grandes problemas eram no máximo tirar uma nota baixa na prova ou chegar atrasado e encontrar os portões do colégio fechados.

    Lembro do clima de harmonia e do falatório na sala de aula, do ingraçadinho da turma, das aulas de português e matemática eram que eu me dava bem, do jeito esquisito do professor de geografia, e da tão esperada aula de educação física.

    Lembro como era gostoso quando batia o sinal do recreio e saíamos correndo das salas direto para o pátio comer o lanche, comprado na cantina ou trazido de casa embrulhado no papel laminado e uma garrafinha térmica com suco.

    Quando chegava a hora de ir para casa e batia o sinal, tínhamos a certeza tão gostoza de que alguém lá fora estava esperando pela gente.

    Tempos depois, estávamos nós aqui, adultos, cheios de incertezas, sem saber quem realmente somos. Nossos problemas e preocupações são bem maiores, nossas escolhas são decisivas, temos de nos virar sozinhos e o pior é que ninguém mais espera por nós.

    Tem horas que me encontro absorto e me pergunto onde estão meus amigos de escola? Como estão? Que rumos tomaram em suas vidas?

    Nesse exato momento não faço ideia de quem sou, o que sei é que daqui a um tempo, um bom tempo, vou lembrar dos dias de hoje e ter a certeza de quem fui, assim como no tempo de escola.

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  2. Esquecemos de lembrar que o garoto da cronica é Wilton Bezerra. Mas, caro Antonio, A sua reação foi espetacular. Seu texto bate com os meus sentimentos. Pararabéns.

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