Embora se falasse da Argentina de Menotti, que defenderia o título, e se badalasse a Espanha, anfitriã, a Copa de 1982 parecia reservada para o Brasil.
Se fazia pouca fé na Itália de Enzo Beazort. Os italianos empataram três vezes na primeira fase da Copa, e viveram uma greve com a imprensa, às vésperas da segunda etapa da competição.
O empate com Camarões aumentou a situação de crise da “Azzurra”.
Mas, vejam o que ocorreu: a Itália venceu a Argentina por 2 X 1, o Brasil por 3 X 2 e a Polônia por 2 X 0. Na decisão, enfiou 3 X 1 na Alemanha e papou o título.
VIDA DIFÍCIL
Por volta dos anos 1940, os treinadores brasileiros tinham vida muito mais difícil do que nos dias de hoje.
Explica-se. Eram obrigados a se reunir com os cartolas, antes das preleções, para explicar-lhes o esquema de jogo a ser aplicado. E tinham que suportar os palpites mais absurdos.
No futebol cearense, há alguns anos, o cartola Luiz Torquato, que marcou época no Guarany de Sobral, dizia abertamente: "Sou eu que pago. Portanto, mando na escalação".
FOI ASSIM
O futebol europeu (que já foi pobre) resolveu ficar rico.
Seus clubes se organizaram como empresas. Ligas fortes foram estruturadas.
Pronto. O futebol transformou-se em milionária indústria de entretenimento.
Máquina de fazer dinheiro.
Os maiores jogadores do Mundo passaram a jogar lá, assegurando os melhores espetáculos.
Como disse Nelson Rodrigues: "O dinheiro compra até o amor verdadeiro".
NÃO ERA CRAQUE
Denilson, hoje comentarista de TV, era excelente driblador.
Mas, medíocre no passe e fraco na finalização.
Não era craque.
Excelente crônica.
ResponderExcluir