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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Bloco das piabas.

O bloco das piabas foi criado em Várzea-Alegre por iniciativa de algumas senhoras casadas que depois das lutas e labutas da casa durante o dia, também se achavam com o sagrado direito de se diverti. Esta foto é do inicio dos anos 90. Vemos Lais Holanda Costa e Nair a baixinha. Fantasia simples, muita animação e brincadeira. Era muito respeitado, afinal de contas era composto pelas esposas e pelas mães de todos os brincantes da cidade. De uns anos para cá foi desativado e esquecido. Este vídeo da Carmem Miranda cai bem com o Bloco das Piabas porque as foliãs só saiam para brincadeira quando davam à chupeta dos filhos e muitas vezes dos netos. Infelizmente a anarquia e a baderna de hoje contribuem para que muitos não tenham animo para participar das festas mominas


3 comentários:

  1. Nesta epoca o Carnaval era sinonimo de paz, amizade e alegria. Epoca de encontrar amigos e matar saudades.

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  2. Nesta epoca, periodo de carnaval, semana santa e ferias a casa do Sanharol ficava friviando de gente. A hospitalidade do meu pai e da minha mãe atraia os amigos. Nesta carnaval eu levei um amigo do Bicbanco. Um cabrão sadio que só tronco de aroeira. Na hora do almoço, o amigo se abancou e vamos comer. O almoço um espinhaço de carneiro cozido, sarapatel de carneiro, uma galinha caipira, arroz, cuscus, macaxeira, paçoca e haja desespero do meu amigo para satisfazer o estomago. Eu já estava com vergonha da disposição gastronomica do amigo. Paramos todos e ficamos na mesa fazendo companhia. O meu pai se impacientou e disse: Tonha, traga um docinho de leite pra mim e um cabresto pra esse rapaz!

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  3. Realmente o Carnaval de Várzea Alegre é muito animado e repleto de pessoas que sabem como fazer uma boa festa sem provocar tumultos e a celeuma, que imperam em muitos lugares. Apesar de hoje não haver mais as caraterísticas do Carnaval da época de Seu A. Morais, eu, que tive a oportunidade de conhecer a cidade nesse período, pude perceber a dignidade das pessoas deste lugar: de fato as famílias que costumavam organizar as festividades carnavalescas ainda continuam a manter o "clima" do lugar muito agradável e graças a integração dos habitantes das comunidades, a cidade hoje conta até com escolas de samba que saem para homenagear suas personalidades, como é o caso da Mocidade Independente do Sanharol, idealizada e parcialmente organizada pelo Senhor Zé André, pai de Seu A. Morais. Até compreendo a forma saudosista com que o Sr. A. Morais se refere ao extinto Bloco em que sua esposa desfilou, e sei também que ele é uma pessoa que viveu este lugar e que tem muito mais a recapitular em suas memórias, que agora ele pôde transformar neste Blog e assim dividí-las com outras pessoas, mas o fato é que as pessoas que fazem sua comunidade natal, o Sanharol, são muito carismáticas e ainda hoje encantam os visitantes que lá vão pela primeira vez: foi o meu caso. Então, seu A. Morais, não lamente as vicissitudes do tempo; a vida sempre trouxe mudanças mesmo para aqueles que relutam em aceitá-las; o importante é saber como foi bom o que vivemos e o quanto fizemos felizes aqueles que nos cercavam. Parabéns por você ser esse homem cheio de vivências e bons exemplos para repassar à posteridade! Gilmar Dantas.

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