A noticia correu o mundo. Uma menina de nove anos, estuprada e seviciada regularmente por seu padrasto, engravida de gêmeos. Os médicos de uma maternidade publica do Recife que lhe aplicaram medicamentos a fim de interromper a gravidez de alto risco, e a mãe da menor por ter autorizado o aborto foram excomungado pelo inacreditável substituto de Dom Helder Câmara, José Cardoso Sobrinho.
Esse senhor bem vestido, bem nutrido e bem cuidado, do alto do seu trono de Arcebispo de Olinda e Recife, não excomungou o padrasto que abusou da enteada. Se o rapaz assim desejar, receberá a sagrada comunhão domingo que vem, após passar pelo confessionário e confessar seus pecados, pedir perdão a Deus e rezar algumas orações como penitencia.
Pergunta que eu faria a José Cardoso Sobrinho, se eu tivesse a infelicidade de cruzar com ele numa calçada: Se essa criança tivesse um câncer no útero, o senhor excomungava sua mãe e os médicos que a operassem? Não? Pois será que não entra na sua cabeça que no útero de uma menina de nove anos dois fetos frutos de um estrupo são o mesmo que dois tumores cancerosos? Em tudo e por tudo?
Mas eu não vou cruzar com ele, bem sei. Esse tipo de Arcebispo só anda de carro com motorista e dificilmente fala com passantes na calçada. Ele não é um Dom Helder Câmara. Ele é José Cardoso Sobrinho, que foi nomeado substituto do pastor de almas Dom Helder Câmara em l985. Nesses 24 anos, as diferenças entre ele e Dom Helder só se agigantaram, chegando ao ápice agora, graças a Deus quase na hora de sua aposentadoria.
Falta o puro amor divino. Eu não autorizaria o aborto. Farias desses dois fetos dois filhos a mais na minha familia. Porem o arcebispo precisa entender que amor não se impoe as pessoas e que quem mais faltou com respeito a Deus foi a padastro.
ResponderExcluirPrezado Morais
ResponderExcluirNão desejando discutir o mérito da questão, concordo com o amigo. Meus princípios também não me aconselhariam a fazer o aborto, embora fosse muito difcil dizer o que fazer se por acaso se tratasse de uma minha filha. Mas o que eu gostaria de enfocar aqui é uma questão referente à mudança no libido das crianças. Na geração da nossa idade, as meninas somente mensturavam após os doze ou treze anos de idade. O que está fazendo com que uma menina de nove anos já tenha seu aparelho reprodutivo precocemente desenvolvido, a ponto de gerar vidas? Não resta dúvida, que a televisão, tendo a Globo à frente, e a conivência dos governos (não falo somente do atual) com programas que incentivam o sexo de forma livre e com uma insistência são os responsáveis por estas e outras anomalias da nossa sociedade.
Será que no nascimento destas duas crianças o Arcebispo as criariam? A Igreja não apoia o aborto (eu tb não) mas nesses casos de estupro eu acho correto sim! As pessoas não podem ficar jogando seres no mundo sem terem a mínima condição financeira e psicológica para criá-los, ainda mais uma mãe solteira, traumatizada por um estupro. Será que esta criança seria bem criada? Ou iria, por falta de oportunidades, morrer precocemente ou enveredar por caminhos obscuros? A Igreja antes de excomungar deveria pelo menos mostrar uma solução para o problema. Porque ela não pega essas crianças para criar??? Se é contra o aborto, vai lá na mãe diz a ela que tenha e pega a criança pr criar, e bem criado oras!!!!!!
ResponderExcluirAmigo Carlos.
ResponderExcluirVoce tem toda razão. Eu já não me disponho a assistir televisão. Das ultimas vezes que liguei a TV vi uma apresentadora, uma professora e dezenas de crianças: pasmem, a professora ensinando como se coloca a camisinha. Eu sou de uma epoca que a minha avó reunia em sua casa vinte e tantas crianças do sitio e ensinava as rezas, as preparava para receber a primeira eucaristia. Eu acho até que a Igreja deveria excomungar esses donos de TVs que passam por cima de tudo e não respeitam os lares, as familias nem o proprio Deus.
Um abraço.
Amigo Rodrigo.
ResponderExcluirVoce está meio sumido. É muito complexo este tema. Acho apenas que a Igreja não pode deixar de fora da excomunhão o autor do delito. O padastro. Sem ele não teriamos tanto sofrimento, da criança, da mãe desta, e da sociedade.
Meu caro Morais
ResponderExcluirEste assunto é de uma complexidade que foge ao nosso poder de análise. Excomunhão significa a pessoa ficar desligada da Igreja Católica e não poder receber nenhum dos seus sacramentos. Mas isto não atinge quem não é cristão, ou católico especificamente. Ser católico não é apenas ser batizado, crismado, ter casado na Igreja católica, mas é católico aquele que dá continuidade à missão de Jesus Cristo: implantar o Reino de Deus, aqui e agora e também por todos os confins do mundo. É ceder o próprio corpo à pessoa de Jesus Cristo, para que ele viva em nós. Para viver assim, não significa necessariamente ser membro de uma Igreja, qualquer que seja sua denominação. Portanto, aquele que não acredita nisso, não adianta ser excomungado, pois já está.
Morais, sou católica, embora não praticante no que diz respeito a ir à missa todos os domingos.
ResponderExcluirE o que me afasta da Igreja não é a falta de crença em Deus, é a postura de alguns padres, bispos, arcebispos hipócritas.
Também sou contra o aborto mas, nesse caso quem deveria ser excomungado são os inquisidores, pedófilos, e os que fizeram e mantiveram essas leis arcaicas. Deus nada tem com esses seres "humanos" que dizem ser seus representantes aqui na Terra!
Quanto ao padrasto ele que ficasse pagando seus pecados numa penitenciária pelo resto de seus dias.
Escrevi um e-mail para você no hotmail, este é o segundo, acredito que você não leu.
Um abraço
Sumido, mas entrando no Blog e o lendo todo dia. Visita certa no acesso diário a internet! Quanto ao caso, não quero polemizar, sou católico apostólico romano mas não concordei com a postura do Arcebispo. O único a ser excomungado ao meu ver é o Estuprador e mais ninguem. Mas não vou adentrar mais ao caso para não polemizar! 10 para seu texto! Quer dizer que o Arcebispo em questão é o substituto de Dom Helder? Que diferença hein?
ResponderExcluirMaria Gloria
ResponderExcluirLi o seu e-mail, obrigado pela sugestão, tentei fazer a postagem , mas os videos caiam, a musica é muito grande, e antes de completar havia sempre algum problema e não enviava.
Rodrigo.
ResponderExcluirSumido é brincadeira, voce é um varzeaalegrense assiduo. Quanto ao tema da postagem o amigo há de convir que temos quase uma totalidade de consenso e o que é dissenso sabemos entender.
É isso mesmo Carlos, que Deus abençoe a todos nós.
ResponderExcluirNão há quem chore pelas criancinhas abortadas
ResponderExcluirpor Dom Lourenço Fleichman OSB
Bastou um bispo agir segundo a lei da Igreja e o mundo desabou numa enxurrada de blasfêmias e xingamentos. A mídia com sua supremacia apresenta a coisa com essa presunção típica de quem se acha todo-poderosa. Dom José Sobrinho virou carrasco, quando o crime foi cometido por terceiros.
Eis o quadro que se apresenta a qualquer pessoa de bom senso:
1- O bispo que confirmou a excomunhão automática por aborto era a autoridade competente para emitir essa sentença?
Constata-se que a pena de excomunhão ou a declaração dela é da competência do pastor eclesiástico das pessoas envolvidas. Nesse caso, o bispo diocesano ou o seu superior direto, o papa. Como é do conhecimento geral que Dom Sobrinho é o Arcebispo de Recife-Olinda, estamos, sim, diante da autoridade competente.
2- O ato praticado pelas pessoas ora declaradas excomungadas é, de fato, passível dessa grave pena, ou foi invenção do bispo?
De fato, o Direito da Igreja, chamado Direito Canônico, aplica a excomunhão automática, também chamada latae setentiae, para as pessoas que praticam ou que colaboram diretamente no ato de aborto.
3- Mas o Direito Canônico não traz algumas exceções, como o caso do estupro ou perigo de vida para a mãe?
Não, o Direito Canônico não aceita que haja exceções por causa da natureza própria desse ato, que é atentar diretamente contra a vida de seres inocentes. Mas aqui, estamos já entrando no mérito da questão, e preferimos deixar a discussão para mais adiante.
O que é preciso enxergar por enquanto é que, de um lado, temos duas criancinhas mortas. Querendo dar a essa morte conotação de crime ou não, o fato é que elas não pediram para nascer, para ter uma alma imortal, para ter um olhar amoroso de Deus diante da sua criação. E sem culpa alguma, tiveram esse projeto de vida divino interrompido bruscamente por envenenamento.
E do outro lado, o que temos? um bispo que cometeu algum crime? Um bispo que matou alguém, um bispo que fugiu completamente das suas atribuições para condenar alguém sobre quem ele não tem nenhuma autoridade?
Nada disso.
Temos apenas um bispo cumprindo o seu dever diante de Deus e diante das leis da instituição que ele representa. Um bispo declarando uma pena que é automática e que já tinha fulminado os responsáveis antes mesmo de o bispo o declarar.
Meu caro Armando.
ResponderExcluirEssa historia triste, na minha singela opinião, se não tivesse o padrasto a garota não tinha engravidado, não existiria os dois fetos, não havia necessidade da mãe da garota fazer autorização nenhuma, os medicos não teriam feito nenhum procedimento. A lei pode vir de onde vier, de que autoridade for, deixar o principal culpado, o criminoso livre e responsabilizar os que são cansequencia do fato é errado. Tem que mudar a lei. Do contrario vai ficar com a lei e o povo flui noutra direção.
Morais
ResponderExcluirVocê lembra do Gustavo Corção?
Amigo Elmano.
ResponderExcluirNão só lembro como conheço sim o Gustavo Correia de Oliveira, meu amigo, meu irmão camarada. Não sei se é o corção.