Bem humorado, anedótico, jogador contumaz de gamão, o coronel Antonio Correia Lima se tornaria mais conhecido por suas qualidades de espírito do que por outras quaisquer. Sabia ser maquiavélico, usando como armas a diplomacia e o riso.
Isso, sem desprezar as armas convencionais usadas costumeiramente pelos coronéis. Possuía seus cabras, não vacilando em recorrer à violência das armas como ultimo recurso. Era mandonista, embora sem chegar aos extremos do seu parente, o Coronel Gustavo de Lavras da Mangabeira.
Conta-se que certa vez indagara do seu compadre, o Tabelião Dudal, para que serviam as câmara de vereadores. Ora, para ajudarem os prefeitos a governar! Teria respondido o notário: Ora essa! Redarguiu o manda chuva. Então, eu para governar vou precisar de verador? Na Várzea-Alegre quem manda sou eu, e pronto!
Temente das assombrações do além, o Coronel Correia costumava emborcar as cadeiras à noite, antes de dormir. Isso, segundo dizia, para que as almas nelas não viessem se sentar. Meio surdo que era, o Coronel Antonio Correia parecia mais surdo ainda sempre que não fosse do seu interesse o que lhe diziam. Um morador chega e pede cinco mil reis adiantados. O Coronel finge não ter escutado. De repente o pedinte muda de opinião. Cinco mil reis não chagariam para as compras que pretendia fazer. Pede dez em vez de cinco. Você ainda há pouco queria cinco - resmunga o Coronel. Agora já quer dez. Eu vou lhe dar os cinco, antes que você me peça vinte.
Tendo recebido armas e munições do Governo Federal para dar combate a Coluna Prestes, o chefe político de Várzea-Alegre viu-se em aperturas depois da Revolução de 30. Queriam por que queriam que ele devolvesse aquilo que alegava já ter devolvido. E, como persistissem as inquisições, ele resolveu viajar a Fortaleza para um entendimento com o próprio Chefe de Policia, o Coronel do Exercito Falconieri da Cunha.
Em vão tentaram dissuadi-lo de tal propósito, tendo em vista tratar-se de verdadeiro ferrabrás o Secretario do Interventor Carneiro de Mendonça. Ele correria o risco de ser preso ou de sofrer vexame ainda maior. Mesmo assim o Coronel Antonio Correia Lima não se deixou intimidar. Veio a Fortaleza e enfrentou o ferrabrás. Você não me engana matuto! Gritava Falconieri encolerizado. Eu quero as armas da Nação! Ou você devolve ou eu lhe meto na cadeia!
Mas, o chefe político atingido pela revolução de 30, tanto fez que o colérico Chefe de Policia nem o meteu na cadeia e nem mais o aperreou pelas armas em questão. E, coisa, inesperada: por ultimo terminaria ficando seu amigo. Chefe de uma das mais antigas oligarquias da Zona Sul do Ceara, signatário do discutível “Pacto de Harmonia Política” sancionado em Juazeiro no ano de 1911 pelos Coronéis da Zona Sul do Ceara, o Coronel Antonio Correia Lima conduziria vários dos seus descendentes aos mais altos cargos eletivos do Estado e da Federação.
Destes o que mais se sobressaiu foi Joaquim de Figueiredo Correia, seu sobrinho, Deputado Estadual, Secretario de Estado, Vice-Governador do Ceara e, por ultimo Deputado Federal, posto no qual veio a falecer.
Homem como dissemos de inicio, espirituoso, mais chegado à diplomacia do que a violência, o Coronel Antonio Correia Lima morreria já octogenário, em situação um tanto quanto risível. Ao contrario dos outros coronéis ele morreu fazendo amor e não a guerra.
Isso, sem desprezar as armas convencionais usadas costumeiramente pelos coronéis. Possuía seus cabras, não vacilando em recorrer à violência das armas como ultimo recurso. Era mandonista, embora sem chegar aos extremos do seu parente, o Coronel Gustavo de Lavras da Mangabeira.
Conta-se que certa vez indagara do seu compadre, o Tabelião Dudal, para que serviam as câmara de vereadores. Ora, para ajudarem os prefeitos a governar! Teria respondido o notário: Ora essa! Redarguiu o manda chuva. Então, eu para governar vou precisar de verador? Na Várzea-Alegre quem manda sou eu, e pronto!
Temente das assombrações do além, o Coronel Correia costumava emborcar as cadeiras à noite, antes de dormir. Isso, segundo dizia, para que as almas nelas não viessem se sentar. Meio surdo que era, o Coronel Antonio Correia parecia mais surdo ainda sempre que não fosse do seu interesse o que lhe diziam. Um morador chega e pede cinco mil reis adiantados. O Coronel finge não ter escutado. De repente o pedinte muda de opinião. Cinco mil reis não chagariam para as compras que pretendia fazer. Pede dez em vez de cinco. Você ainda há pouco queria cinco - resmunga o Coronel. Agora já quer dez. Eu vou lhe dar os cinco, antes que você me peça vinte.
Tendo recebido armas e munições do Governo Federal para dar combate a Coluna Prestes, o chefe político de Várzea-Alegre viu-se em aperturas depois da Revolução de 30. Queriam por que queriam que ele devolvesse aquilo que alegava já ter devolvido. E, como persistissem as inquisições, ele resolveu viajar a Fortaleza para um entendimento com o próprio Chefe de Policia, o Coronel do Exercito Falconieri da Cunha.
Em vão tentaram dissuadi-lo de tal propósito, tendo em vista tratar-se de verdadeiro ferrabrás o Secretario do Interventor Carneiro de Mendonça. Ele correria o risco de ser preso ou de sofrer vexame ainda maior. Mesmo assim o Coronel Antonio Correia Lima não se deixou intimidar. Veio a Fortaleza e enfrentou o ferrabrás. Você não me engana matuto! Gritava Falconieri encolerizado. Eu quero as armas da Nação! Ou você devolve ou eu lhe meto na cadeia!
Mas, o chefe político atingido pela revolução de 30, tanto fez que o colérico Chefe de Policia nem o meteu na cadeia e nem mais o aperreou pelas armas em questão. E, coisa, inesperada: por ultimo terminaria ficando seu amigo. Chefe de uma das mais antigas oligarquias da Zona Sul do Ceara, signatário do discutível “Pacto de Harmonia Política” sancionado em Juazeiro no ano de 1911 pelos Coronéis da Zona Sul do Ceara, o Coronel Antonio Correia Lima conduziria vários dos seus descendentes aos mais altos cargos eletivos do Estado e da Federação.
Destes o que mais se sobressaiu foi Joaquim de Figueiredo Correia, seu sobrinho, Deputado Estadual, Secretario de Estado, Vice-Governador do Ceara e, por ultimo Deputado Federal, posto no qual veio a falecer.
Homem como dissemos de inicio, espirituoso, mais chegado à diplomacia do que a violência, o Coronel Antonio Correia Lima morreria já octogenário, em situação um tanto quanto risível. Ao contrario dos outros coronéis ele morreu fazendo amor e não a guerra.
Amigo Morais, já andei vendo alumas obras com dados genealógicos de famílias de Lavras, principalmente, a do meu chará, apesar de saber que o nosso Correia Lima não tem nada a ver com os de lá.
ResponderExcluirSim, quero te dizer que no Blog do Toinho tem uma matéria que você vai gostar: OS INOCENTADOS.
Em breve estarei postando outras proezas do Cel Antonio Correia Lima e farei comentários a respeito dos seus correligionários e adversários em Várzea-Alegre. A coisa era mais ou menos assim: quando o dinheiro não chegava a peia completava.
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