Zé de Priscila era um moreno que vivia perambulando em Várzea Alegre. Mas trabalhar que era bom ele nunca quis, nunca deu um murro numa broa. Mentia sem ser dia primeiro de abril e gostava mesmo era do alheio. Tirando de tocar repique de vez em quando, nunca fez nada de proveito. Por lanterna e isqueiro era igual a menino por buzina.
Certo dia um fiscal de algodão botou um isqueiro “sete lapadas” no balcão da loja de Zé Teixeira e Zé surrupiou. Foi feita a queixa amparada por testemunhas oculares e o delegado abriu o inquérito policial. Remetido o inquérito para o promotor de justiça, Zé foi enquadrado no crime de furto.
A repercussão na cidade não foi igual o caso da merenda escolar em Fortaleza, mas não deixou de atingir a curiosidade popular enquanto o processo tramitava.
O denunciado pobre na forma da lei, não podendo constituir um advogado habilitado, teve a sua defesa patrocinada pelo Sr. João Vieira que foi nomeado pelo juiz. O promotor fez a acusação alegando que, quem furta um tostão pode furtar um milhão, no que ficava caracterizado o crime de furto.
João Vieira defendia a tese de que sendo um objeto de pequeno valor não se justificaria a condenação. Depois de três audiências o juiz proferiu a sentença na qual Zé foi condenado a seis meses de detenção. Com a sentença homologada e o despacho de cumpra-se João Vieira sentindo a sua carreira jurídica abalada, se dirigiu ao condenado e perguntou;
Ou Zé tu fuma?
Não Senhor. Eu só gosto de mascar. E pra que diabo tu queria isqueiro Zé?
Mundim do Vale
Certo dia um fiscal de algodão botou um isqueiro “sete lapadas” no balcão da loja de Zé Teixeira e Zé surrupiou. Foi feita a queixa amparada por testemunhas oculares e o delegado abriu o inquérito policial. Remetido o inquérito para o promotor de justiça, Zé foi enquadrado no crime de furto.
A repercussão na cidade não foi igual o caso da merenda escolar em Fortaleza, mas não deixou de atingir a curiosidade popular enquanto o processo tramitava.
O denunciado pobre na forma da lei, não podendo constituir um advogado habilitado, teve a sua defesa patrocinada pelo Sr. João Vieira que foi nomeado pelo juiz. O promotor fez a acusação alegando que, quem furta um tostão pode furtar um milhão, no que ficava caracterizado o crime de furto.
João Vieira defendia a tese de que sendo um objeto de pequeno valor não se justificaria a condenação. Depois de três audiências o juiz proferiu a sentença na qual Zé foi condenado a seis meses de detenção. Com a sentença homologada e o despacho de cumpra-se João Vieira sentindo a sua carreira jurídica abalada, se dirigiu ao condenado e perguntou;
Ou Zé tu fuma?
Não Senhor. Eu só gosto de mascar. E pra que diabo tu queria isqueiro Zé?
Mundim do Vale
Mundim do Vale.
ResponderExcluirIsso já faz muito tempo, pra lá de 45 anos. Se esse promotor e esse juiz atuassem, hoje em dia, iam ter muito o que fazer. Haja isqueiros para igualar ao que rouba a tropa do governo Lula.