Com o endurecimento do regime político militar, a partir da decretação do AI – 5, legitimando a censura previa a todos os veículos de comunicação em território nacional, o Brasil viveria num verdadeiro clima de terror político, que se refletiria num forte controle da produção cultural do país.
Foi nessas condições político-jurídicas que se deu um amplo crescimento da economia interna do Brasil. Em 1972, o Brasil fez 150 anos de Independência Política em meio ao otimismo amplamente disseminado por ações como: Brasil ame-o ou deixe-o. Dessa forma, agitaram-se as agências de massificação e o governo Geisel, o que mais concentrou poder em suas mãos decretou o Samba a exaltação, com linguagem nacional e sambistas como Clara Nunes, Bete Carvalho, João Nogueira, Benito de Paula, Luiz Airão e tantos outros.
Com as eleições de 1974, o aumento da pressão popular o presidente Geisel entendeu que não era permitido medidas autoritárias. Dois fatos ocorreram no governo Geisel que levaram a uma pressão pela abertura política. A morte do jornalista Vladimir Herzog em 25 de Outubro de 1977 e do metalúrgico Manuel Fiel Filho em 17 de Janeiro de 1976, nas dependências do DOI-CODE.
Em Agosto de 1979 o presidente Figueiredo decretou a anistia beneficiando presos e exilados por motivos políticos. Com toda a cultura cerceada pela censura, com grande parte dos artistas exilados foi esse o período mais rico em composições musicais. Daí por diante, até mesmo em nossos dias, com toda liberdade oferecida não se tem conhecimento de grandes obras musicais, o Brasil está infestado de mediocridades.
Morais, o assassinato do Jornalista Vladimir Herzog foi em 1975 e não 1977. Ele como era judeu, ainda foi sepultado como um suicida. Foi muita tristeza aqui em São Paulo.
ResponderExcluirMaria da Gloria.
ResponderExcluirAgradeço pela devida correção. Confundi as datas, devo ter trocado. Obrigado.