Em 1960 Dr. Lemos foi chamado para atender um doente que estava muito mal no sítio Lagoa Seca. Chegando lá examinou o doente e quando foi passar a receita viu que andava sem a caneta. Pediu que alguém providenciasse uma caneta ou um lápis, mas nem na casa nem na vizinhança foi encontrado. Dr. Lemos falou: Não tem problema tragam um carvão e uma tabua que eu escrevo e depois vocês copiam quando arranjarem lápis ou caneta. Trouxeram um carvão e uma janela e ele escreveu enquanto dizia: Olhem quando for amanhã vocês vão muito cedo a Várzea Alegre e procurem a farmácia de Nelinho e comprem esse remédio. Mas não deixem de ir porque o caso dele é muito sério. No outro dia arranjaram a caneta, mas como ninguém conseguiu entender a letra do médico o jeito foi ficar mesmo na tabua da janela.
A candidata a viúva chamou dois candidatos a órfãos e disse: Vocês vão lá à farmácia de Seu Nelim para comprar esse remédio, vão por cima da serra que é mais perto. Mas vão num pé e voltem noutro. Os dois saíram se revezando já quase correndo com a tabua na cabeça. Quando chegaram nas pedreiras do Riacho do Meio o que conduzia a receita intrupicou e ela partiu-se no meio. Ficou uma banda pra cada um. Chegaram à farmácia montaram a receita por cima do balcão. Seu Nelinho olhou com uma expressão de espanto e um dos irmãos perguntou: O qui foi Seu Nelim? Num vá me dizer qui o Senhor tombém num sabe ler a letra do doutor. Claro que a letra do médico eu entendo. Mas depois de vinte anos de farmácia é a primeira vez que eu vou aviar receita em tabua lascada.
A candidata a viúva chamou dois candidatos a órfãos e disse: Vocês vão lá à farmácia de Seu Nelim para comprar esse remédio, vão por cima da serra que é mais perto. Mas vão num pé e voltem noutro. Os dois saíram se revezando já quase correndo com a tabua na cabeça. Quando chegaram nas pedreiras do Riacho do Meio o que conduzia a receita intrupicou e ela partiu-se no meio. Ficou uma banda pra cada um. Chegaram à farmácia montaram a receita por cima do balcão. Seu Nelinho olhou com uma expressão de espanto e um dos irmãos perguntou: O qui foi Seu Nelim? Num vá me dizer qui o Senhor tombém num sabe ler a letra do doutor. Claro que a letra do médico eu entendo. Mas depois de vinte anos de farmácia é a primeira vez que eu vou aviar receita em tabua lascada.
Mundim.
ResponderExcluirO Meu pai era muito amigo do Dr Lemos. Certa vez ele me levou para fazer uma consulta. Depois de examinado minha mãe me levou para casa no Sanharol enquanto o meu pai saiu com a receita na mão para comprar o remedio. Na Farmacia de Seu Nelinho ninguem soube ler a receita. Meu pai voltou ao consultorio e pediu que o medico passasse a limpo a receita. Dr. Lemos olhou, olhou e disse, cumpade Zé André só vai voce trazendo o menino denovo, eu não estou conseguindo entender o que escrevi.
Mundim, muito boa.
ResponderExcluirMorais, seu comentário, idem.
Seu Nelinho!quanta saudade!olha só Mundim, o que Vilany Brito fez comigo, de comum acordo com Seu Nelinho e Delfonso, sobrinho de Dana Iracema Brito;certa vez estava eu com muito difruço( defluxo) de tanto tomar banho no Gergelim e no buraco de Edimo Correia, rs rs rs, era assim que chamávamos os poços d'agua lá da praça santo Antônio( Buraco de Edilmo)Pois bem, Vilany me disse: Fátima,vamos a Farmácia de seu Nelinho,pra madrinha Socorro? lá fui eu com ela: imagina o que fizeram comigo meu amigo! Seu Nelinho me pegou junto com Vilany, enquanto Delfonso me aplicava uma injeção de óleo com gosto de eucalipto, que até hoje me arrepia, e eu posso sentir o gosto horrível! Só perdoei, porque ele me deu um monte de vidrinho de Penicilina pra eu fazer perfume: mas isso, já é outra historia.Abraço carinho e fraterno. Fátima.
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