Caçada com socadeira
Pescaria com galão,
Fojo pra pegar preá
Armadilha pra carão.
Matar peba na intoca,
E pegar peixe na loca
É a cara do sertão.
Um maluco perturbando
O vigário no sermão,
Um filho deixando o pai
Pra seguir frei Damião.
Um Judas sendo furtado
Pra depois ser enforcado
É a cara do sertão.
Um curador de bicheiras
Querendo ser valentão
Uma velha rezadeira
Curando com o coração
Crinças brincando a toa
Tibungando na lagoa
É a cara do sertão.
Mundim do Vale
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Mundim.
ResponderExcluirMenino com o pescoço encardido tibungando no riacho é a cara do sertão.
É a cara do sertão todos os versos do Mundim!
ResponderExcluirParabéns ao poeta do nosso sertão.