Um frango batendo asa
Com medo do gavião
Um garoto intoxicado
Com folha de cansanção
Um acento de angico
Pra mulher fazer fuxico
È a Cara do sertão.
Um folheto de João Grilo
Pendurado num cordão
Cambista fazendo pouco
Do tamanho de um anão
Um jogador de baralho
Vendendo transa de alho
É a cara do sertão.
Uma teima no roçado
Por conta duma questão
Terminar depois em briga
De roçadeira e facão
Como ninguém ficou vivo
O enterro coletivo
É a cara do sertão.
Mundim do Vale
Mundim.
ResponderExcluirQuatro caboclos a cavalo, chegando para fazer a feira fiado na bodega de Zé Augusto tambem são a cara do sertão.
É a cara do sertão
ResponderExcluirPra mulher fazer fuxico
Um acento de angico
Com folha de cansanção
Um garoto introxicado
Com medo do gavião
Um frango batendo asa
É a cara do sertão.
(Raimundim, sua poesia é boa até de tras pra frente).
Glória. Obrigado pelos elogíos,
ResponderExcluireu acho que você é poetisa, a
prova maior é a descorbeta do sentido que faz o verso de trás
pra frente.
Aproveitando aqui a minha passagem,
eu queria aproveitar para dizer que
muito breve estarei fazendo uma
postágem de um causo dedicado a sua pessoa, já que você gosta do
idioma espanhol.
O nome do causo é MAMA MIA.
Abraço.
Raimundim.