No tempo da corrida do ouro da Fortuna. Em Várzea Alegre, foram criadas algumas micro-empresas por conta do entusiasmo dos empreendedores.
Pedro Severino alugou uma casa na Betânia e comprou todos os chifres da matança para fabricação de tabaqueiros. Colocou o nome da empresa de: Chama Viva.
Alexandre Cabeleira alugou um prédio no mercado velho e contratou dois funcionários para o trabalho de moer sal que na época só existia em pedra. Colocou o nome de: Salpilado do Alex.
Manoel Balbino alugou uma casa na rua do puxado para a fabricação de aluá de cascas de abacaxi, estocou quarenta potes do produto e pôs o nome da empresa de: Aluá do Balbino.
Vicente David se estabeleceu na rua do juazeiro. Picava fumo de rolo enrolava em papelim ou palha de milho e vendia já fechados. Pôs o nome da empresa de: Cheiro de Tabaco.
Inácio do Doce comprou toda a produção de coco catolé da Serra dos Cavalos e montou no alto da prefeitura uma fábrica de rosários de cocos. Colocou o nome da firma de: Rosário Bento. E dizia ainda que a fábrica tinha sido benta por Frei Damião.
Com a frustração do ouro da Fortuna e a chegada de alguns produtos novos na cidade, as micro-empresas sofreram uma crise financeira, por falta de mercado para seus produtos.
De início chegaram os revolucionários isqueiros sete lapadas
e a empresa Chama Viva ficou com o estoque de tabaqueiros todos encalhados, o que causou falência total.
Ao mesmo tempo chegou na cidade o sal pilado em pacotes de quilos, O que fez com que a empresa Salpilado do Alex entrasse em falência.
Em seguida chegaram os refrigerantes Crush e Grapete, que invadiram o mercado fazendo com que todo o estoque de aluá ficasse estragado, causando assim a falência também da: Aluá do Balbino.
Depois foi a vez da chegada dos cigarros BB e Globo para invadir o mercado do Cheiro de Tabaco.
Só quem resistiu a crise foi a Rosário Bento, que trocou a atividade de rosário de coco para quebra queixo.
* Tabaqueiro, na linguagem popular é a mesma coisa de artifício. Que funciona como isqueiro.
Pedro Severino alugou uma casa na Betânia e comprou todos os chifres da matança para fabricação de tabaqueiros. Colocou o nome da empresa de: Chama Viva.
Alexandre Cabeleira alugou um prédio no mercado velho e contratou dois funcionários para o trabalho de moer sal que na época só existia em pedra. Colocou o nome de: Salpilado do Alex.
Manoel Balbino alugou uma casa na rua do puxado para a fabricação de aluá de cascas de abacaxi, estocou quarenta potes do produto e pôs o nome da empresa de: Aluá do Balbino.
Vicente David se estabeleceu na rua do juazeiro. Picava fumo de rolo enrolava em papelim ou palha de milho e vendia já fechados. Pôs o nome da empresa de: Cheiro de Tabaco.
Inácio do Doce comprou toda a produção de coco catolé da Serra dos Cavalos e montou no alto da prefeitura uma fábrica de rosários de cocos. Colocou o nome da firma de: Rosário Bento. E dizia ainda que a fábrica tinha sido benta por Frei Damião.
Com a frustração do ouro da Fortuna e a chegada de alguns produtos novos na cidade, as micro-empresas sofreram uma crise financeira, por falta de mercado para seus produtos.
De início chegaram os revolucionários isqueiros sete lapadas
e a empresa Chama Viva ficou com o estoque de tabaqueiros todos encalhados, o que causou falência total.
Ao mesmo tempo chegou na cidade o sal pilado em pacotes de quilos, O que fez com que a empresa Salpilado do Alex entrasse em falência.
Em seguida chegaram os refrigerantes Crush e Grapete, que invadiram o mercado fazendo com que todo o estoque de aluá ficasse estragado, causando assim a falência também da: Aluá do Balbino.
Depois foi a vez da chegada dos cigarros BB e Globo para invadir o mercado do Cheiro de Tabaco.
Só quem resistiu a crise foi a Rosário Bento, que trocou a atividade de rosário de coco para quebra queixo.
* Tabaqueiro, na linguagem popular é a mesma coisa de artifício. Que funciona como isqueiro.
Mundim do Vale
Mundim
ResponderExcluirConheci todos esses empreendedores. Apesar de serem criativos, as dificuldades da epoca causaram-lhes muitos prejuizos e muitos desistiram ou melhor - quebraram.
Mundim, grandes Homens, todos esses cidadãos coterraneos queridos; lamentável que não tenham tido sucesso em seus empreendimentos. Uma grande dor invade meu peito, numa mistura de saudade e revolta; por saber que os menos favorecidos continuam esquecidos.Fui muitas vezes comprar sal lá no Alexandre, pra Pai salgar os peixes que ele pescava.Os menores ele os tirava pra nosso consumo, e pra dar a vizinhança; e os grandes ele salgava e vendia em Juazeiro e Crato. Usufrui de quase todas essas tecnologias da época; principalmente dos Rosario de côco; mas o que eu gostava mesmo era de quebra-queixo. Saudades, muitas saudades. Abraço carinhoso e fraterno. Fátima
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