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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

COMÉDIA SHAKESPEAREANA - Por: Glória Pinheiro

A Megera Domada (Brasil) ou A Fera Amansada (Portugal) (no original: The Taming of the Shrew) é uma das primeiras comédias escritas por William Shakespeare. Tem como tema central o casamento, a guerra dos sexos e as conquistas amorosas. Contudo a "Megera Domada" diferencia-se ao dedicar boa parte da ação à vida matrimonial, ou seja, aos acontecimentos que se sucedem à cerimônia nupcial em si, já que não raro as comédias shakespereanas tem o casamento como final da ação. Os principais personagens são Lucêncio, o filho de um rico mercador, e seu empregado Trânio; Petruchio, um rico viajante; Catarina, uma megera, e a doce e meiga Bianca.
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A trama, relativamente simples, teria sido coletada por Shakespeare de antigos contos da tradição oral e diz respeito a um pai, Batista, que estabelece como condição para ceder a mão de sua filha mais jovem, a bela e doce Bianca, aos possíveis pretendentes, que sua filha mais velha, a megera Catarina, consiga antes um esposo. Bianca tem não menos que três pretendentes - Grêmio, Hortencio e Lutencio, este último um jovem forasteiro que chega à cidade de Pádua e enamora-se de imediato por Bianca. Os dois primeiros rivais, nas pretensões de casar-se com Bianca, fazem um acordo para conseguir um marido para Catarina e, assim, deixar livre o caminho para seguirem em sua disputa amorosa. Petrúquio, um nobre falido de Verona, chega à cidade em busca de um bom casamento e apaixona-se pela idéia de se casar com Catarina, proposta feita a ela por seu amigo Hortencio. Aparentemente contra a vontade da moça, o casamento da moça, o casamento de Catarina e Petrúquio é realizado e ambos voltam para Verona, onde o esposo, impondo algumas privações e um tanto de mau humor à nova esposa, termina por amansá-la. Após diversas peripécias, dentre as quais o disfarce dos rivais em professores de música e retórica para que pudessem fazer a corte à jovem Bianca, Lucencio e Bianca casam-se, em segredo; Batista e Vicencio, pai de Lucencio, terminam por aceitar o casamento dos jovens e, ao final, Petrúquio prova que Catarina tornou-se uma esposa mais obediente que a doce Bianca.
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Para obter o efeito desejado em "A Megera Domada", o riso, Shakespeare usa diversos elementos anteriormente citados. A trama central, por exemplo, parte justamente de uma quebra de expectativa - a forma de agir de Catarina, a de uma mulher insubmissa, e a maneira pela qual ela é conquistada pelo futuro esposo, Petrúquio -, a qual é reforçada pelo uso exacerbado do engano e das inversões retratadas nos disfarces usados pelos pretendentes para obter o acesso à jovem Bianca com o intuito de cortejá-la. Além disso, há a forma grosseira com que Petrúquio trata os demais, em contraste com todo o ambiente de cavalheirismo e cortesias extremadas dos que disputam o amor da irmã de sua noiva Catarina - um contraste que é refletido até mesmo na forma de vestir e no desrespeito às regras de etiqueta na cena do casamento.
Fonte: Wikipédia

9 comentários:

  1. Maria da Gloria.

    Muito boa sua postagem. Comedia Shakespeareana, certamente teremos já já novas comedias. O Mundim com a comedia da rajalegre e Dr. Flavio com a comedia Matozense.

    Um bom dia

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  2. Morais, esta postagem é a confirmação de como O Cravo e a Rosa foi uma adaptação de A Megera Domada.

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  3. Morais
    Então vamos fazer um acerto. Você fica com o humor do Crato, Mundim do Vale com o de Várzea Alegre, José Flávio dando toda a cobertura certeira com o humor de Matozinho e eu fico com a parte restante, a do mundo... rsrsrs

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  4. Parabéns Glória, belo texto.Continue
    firme nas suas postagens, pois está se revelando uma ótima escritora.

    Abraços

    Magali

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  5. Magali,
    Obrigada pelo comentário, esse aí foi fruto de uma "pesquisa" que fiz. Você sabe do quanto gosto de pesquisar, não é?
    Vou lá no comentário do texto do Carlos.
    Um abraço

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  6. Maria da Gloria.


    Estamos de pleno acordo.

    A Magali tem razão, voce está se revelando melhor do que a encomenda como cronista. Parabens.

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  7. Maria da Glória. Parabéns pelo seu conto. foi lendo que eu me lembrei
    da Comédia Várzealegrense.
    Lincoln Matias foi pedir a filha caçula de um cidadão em casamento
    e suposto sogro disse:
    Olhe essa menina é muito nova
    ainda, eu queria que ela estudasse,
    masa se você quiser casar com a mais velha eu faço gosto.
    O pretendente disse: Serve!
    E asssim o cidadão desencalhou
    a coroa.
    Essa aconteceu de verdade a cerimônia se deu e até onde eu me lembro eles viviam bem.
    Abraço.
    Mundim.

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  8. Mundim do Vale.

    Muitos dizem que o Chico é lugar de gente tola ou melhor, de gente besta. Raimundo de Joaquim Vieira foi pedir uma filha de Valentim Rocha de Morais em casamento e se deu essa comedia. Seu Valentim eu vi pedir Isabel para casar cum eu. Valentim disse: Raimundo Eu fazia muito Gosto acontece que Jose de Vicente Fiuza me pediu ontem e eu dei. Agora se voce aceitar Antonia voce tem toda minha permissão. Antonia era a filha mais velha, e meia biruta do juizo. Raimundo não mediu distancia e respondeu: Não Valentim, Antonia voce pode socar!

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  9. Mundim do Vale e Morais
    Êita povo de Várzea Alegre engraçado!
    Rir é bom demais!

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