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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 26 de novembro de 2016

Pequenas histórias - Por Antonio Morais


José Raimundo Duarte de Menezes, Cazuza do Sapo, era o filho mais velho de José Raimundo do Sanharol e Maria Anacleta de Meneses.

Costumava visitar os pais aos Domingos, e, numa das visitas solicitou um trabalhador para ajudar a capinar uma roça de sua propriedade. Porem, fez uma exigência: não me mande trabalhador que gosta de fumar, para não perder tempo fazendo cigarro e fumando etc.

No dia marcado estava a sua presença seu Martim um mulato alto, de dois metros de altura com a sua enxada de três libras. Chegando no roçado, Cazuza iniciou na primeira leira. Enquanto isso seu Martim se apoiou no cabo da enxada, meteu a mão no bolso, tirou um pouco de fumo e uma palha de milho e fez um cigarro bem fininho e iniciou o trabalho com duas leiras terminando-as antes de Cazuza.

Cazuza avechou-se e começou a próxima leira enquanto Martim se apoiou novamente no cabo da enxada, meteu a mão no bolso tirou um pouco de fumo e outra palha de milho e fez outro cigarro desta feita mais fino ainda, e, começou novamente com duas leiras terminando-as primeira do que Cazuza. Assim foi o dia todo, até terminarem o serviço. Duas por uma.

No Domingo, na hora da visita Cazuza falou para o Pai: Mas que caboclo velho mais danado aquele que o Senhor me mandou, passou o dia todo me dando duas por uma! José Raimundo resmungou: Imagine se não fumasse.


7 comentários:

  1. As respostas do Jose Raimundo o camarada tinha que engoli em seco. Eram sabias , curtas e grossas.

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  2. Pelo o visto, Jose Rimundo do sanharol alem de bom carate era tambem muito inteligente, a sua maneira de agir assim nos faz ver. Somente hoje é que venho comentar a respeito do clasico acontecido nos gramados do roçado de dentro,neste mesmo jogo disem que o crak Manole do sapo cobrou um escanteo cavou tanto bola que a mesma caio por traz dele . Muito engraçado não e mesmo.Com estima Jose Bitu

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  3. Jose Bitu.

    Manuel de Pedro do Sapo é um que precisamos resgatar. Conheço varias historias dele. Dizem que numa festa de agosto ele acabara de almoçar e deitou para tirar um deforete e Valeriano chegou. Bateu palmas e disse: seu Mané eu queria que o Senhor arranjasse uma parte de terra para eu plantar de arroz. Manuel respondeu: Valeriano, está muito cedo, volte pra rua dê uma rodada na Roda gigante e em Janeiro me procure que irei pensar no seu caso. Um coisa nesta historia deixa uma certeza: Valeriano não era um bom rendeiro.

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  4. Morais, será se esse Martim era daqueles dos Barreiros? Tinham fama de bons trabaçhadores;

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  5. Geovane.

    Não sei informar. Mas, se for dos Martins do Gibão a historia casa. João de Martim limpava uma tarefa de milho em uma tarde.

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  6. ese negosio de linpa mato ja min rendeu uma sura poa pois linpava e na pineira chava o mato nascia de novo e eu sou trineto de cazuza eu nasci no cla dos sapo

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  7. Muito bem Vicente Renato. Os nossos laços de sangue são próximos. Pertencemos a uma arvore que iniciou com 24 galhos. Hoje são incontáveis os ramos.

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