Moravam no sitio Formiga, entre a sede do municipio e o Roçado Dentro, local onde a cada 13 de Dezembro reuniam-se centenas de fieis e devotos de Santa Luzia para venerá-la.
Gente de todas as localidades compareciam para pagar promessas e ex-votos. Dos filhos da família, em numero de 12, tanto as moças quanto os rapazes eram de finíssima hospitalidade e de tanto escolherem pretendentes a altura, não se casaram, ficaram todos na prateleira.
A união reinava naquela casa, um cuidava do outro como quem cuidava de um filho que não tivera. Quando atingiram a idade de 50 e 60 anos, firmaram maior fervor na sua religiosidade. Todo dia, à noitinha, se reuniam, na sala da casa e, rezavam o terço, coisa bastante difícil nos dias atuais.
Na introdução cantavam " A nós descei e Queremos Deus", e a seguir Josefa, a irmã mais velha, ia tirando a reza enquanto os demais respondiam.
Na introdução cantavam " A nós descei e Queremos Deus", e a seguir Josefa, a irmã mais velha, ia tirando a reza enquanto os demais respondiam.
Na sala, existia uma pequena mesa onde, em cima, se colocava um santuário com as imagens e embaixo um cachorro costumava fazer o seu merecido descanso.
Um belo dia, de repente, surgiu uma catinga desagradável e se deu essa tragedia:
Josefa disse:
Ave Maria cheia de graças,
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós,
Chico ponha pra fora esse cachorro,
Que está bufando fedorento,
Entre as mulheres,
Bendito fruto do vosso ventre.....
Imediatamente foi atendida. O cachorro foi retirado da sala, mesmo sem se ter tanta certeza que ele era o responsável pela contaminação gasosa.
Havia uma desconfiança, pois no almoço fora servido um baião de dois com fava, farofa com cebola, batata doce e toucinho torrado.
Demorou pouco e a catinga de bufa dominou novamente o ambiente, e desta feita, o cachorro já não poderia receber a culpa, faltaram com respeito a Santa Luzia. Foi, então que Zefa encarou o irmão dizendo: Chico crie vergonha e vá cagar no terreiro.
Como diz o Dr. Savio o efeito estufa tem muitas causas, e em breve deixaram de plantar, fava, batata doce, cebola, repolho e outras ortaliças.
ResponderExcluirMorais:
ResponderExcluirA história é boa e engraçada. Só não gostei do autor do livro Lembranças e Saudades não divulgar a obra. Por favor, conte-nos os demais causos. Agradeço.
O cardápio é perigoso, só faltou sarapatel.
ResponderExcluirRenato Bitu falou que foi o povo prá ter mais alergia a casamento foi aquele povo da Formiga, de 12 só casaram 2
ResponderExcluirVou te mandar uma história parecida com essa, Morais.
ResponderExcluirNão sei como não mataram o pobre cachorro com tanta gente bufando junto!
ResponderExcluirPois é amigo Giovane. Fico aguardando sua historia.
ResponderExcluirÉ o que sempre venho afirmando, tempo bom que não volta mais. Quantas vezes eu e meus irmãos ficávamos frete a nossa casa observando a multidão tomando a roça de Antonio Gonçalo indo com destino a Formiga rezar esse tradicional terço, onde de costume o povo levava um frango ou galinha como oferta a Santa Luzia.
ResponderExcluirFamília de origem Varzealegrese primos legítimos de meu pai a quem ele tinha muito apreço e consideração. Um deles tinha uma poupança, salve a memória se chamava Vicente ou Antonio e, sempre dizia que a finalidade era para uma maior precisão. Certo dia faleceu um dos irmãos e foram socorrer dessa poupança. O dito economista não aceitou a proposta dizendo que era ainda para uma maior precisão.
Prezado João Bitu.
ResponderExcluirO mão de vaca era o seu chará João Alves de Menezes, o conhecido João da Formiga. Com a morte do pai quando lhe cobraram ajuda financeira ele saiu com essa: vocês estão cansados de saber que o meu dinheiro é pra maior precisão. Ele estava coberto de razão; Não podia haver precisão maior que o enterro dele.