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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VIVA O POVO BRASILEIRO - Patativa do Assaré

Quando passar a chacina
Que surge de dia a dia
O tráfico de cocaína
E a real democracia
Seguir os caminhos certos
E os Chicos Mendes libertos
Das balas do pistoleiro
Diremos em nossa terra
Por vale, sertão e serra:
VIVA O POVO BRASILEIRO!

Quando o artista que tem fama
Ocupar o televisor
Só apresentar programa
De moral, fé e amor
Quando o crime mercenário
Este monstro sanguinário
Deixar de ganhar dinheiro
Pra matar seu semelhante
E não houver assaltante:
VIVA O POVO BRASILEIRO!

Quando o infeliz agregado
Se se libertar do patrão
Para morar sossegado
No seu pedaço de chão
Quando a reforma agrária
Que sempre foi necessária
Para o caboclo roceiro
For criada e registrada
Em nossa pátria adorada:
VIVA O POVO BRASILEIRO!

O sonho da nossa gente
Foi sempre viver feliz
Trabalhando independente
Em nosso grande país
Quando o momento chegar
Do nosso Brasil pagar
O que deve ao estrangeiro
O maior prazer teremos
E libertos gritaremos:
VIVA O POVO BRASILEIRO!

3 comentários:

  1. Mundim do Vale.

    O Patativa é inigualavel. Outro dia postei "Barriga Branca" oferecida ao poeta Dr. Mozart Cardoso de Alencar. Uma joia rara.

    Veja a primeira quadra:

    Quando vive o marido atravancado,
    De cabresto, cambão, canga, e tamanca.
    Aos caprichos da esposa escravizado
    Recebe o nome de Barriga Branca.

    Dr. Mozart devolveu uma outra poesia intitulada Barriga Preta.

    A. Morais

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  2. VIVA NÓS DO SANHAROL.

    Quando a semente plantada
    Por Zefa de Pedro André,
    For adubada e regada
    Para a colheta da fé,
    Se a escola Independente
    Alegrar a nossa gente
    Tocando surdo e tarol,
    Se a saudade de Pêdo
    For cantada em samba enredo:
    VIVA NÒS DO SANHAROL!

    Se um bom inverno chegar
    Para um safra segura
    E o povo desse lugar
    Tiver bastante fartura,
    Colher batata e melão
    Milho, arroz e feijão
    Para encher seu paiol,
    Não faltar baião de dois
    Na boa terra do arroz:
    VIVA NÓS DO SANHAROL!

    Se a lembrança de Cotinha
    Que foi de muita grandeza,
    Agir na cabeça minha
    Para um verso de beleza,
    Se todo o machado encher
    E o nosso povo descer
    para pescar de anzol,
    Se o Blog continuar
    Com a cultura popular;
    VIVA NÓS DO SANHAROL!

    Dedeico esse poema aos familiares e amigos de madrinha Zefa.

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  3. Raimundinho, gostaria que você me enviasse o seu endereço, pois preciso te enviar alguns cordéis.

    Gostei do poema e do saudosismo nele contido.

    Saudações Festivas.

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