Ficava na parte alta da cidade e tinha nome de mulher: Cristina’s, assim mesmo, com apóstrofo e tudo. Lugar chique, o jantar era servido à sombra do céu e com a mesa salpicada de luares. Isto é o que me disseram, lá nunca fui. Até que passei pertinho, certa noite, e vi o neon anunciando a casa, mas não entrei; nem podia, era apenas um estudante e só em sonho poderia entrar ali. Soube, tempos depois, que o restaurante fechou: o proprietário vendia ilusão e ilusões. À chegada da Polícia, escondiam-se sob as mesas algumas estrelas brancas e um raio prateado de luar. Os lustres estavam apagados e as toalhas sujas de lagosta. Chovia.
Xico Bizerra.
Xico Bizerra.
Prezado Xico Bizerra.
ResponderExcluirQue bela crônica. Receba os agradecimentos do Blog. É prazeroso lê textos com esta qualidade literária. Tinha que ser um Bizerra, com I, Bizerra do Zuza. Parabens.
Xico, Morais,
ResponderExcluirAos que ainda confundem o real significado de poesia, pasmem! Esse texto é uma real e bela poesia.
Parabéns!