Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de julho de 2010

Brasil tem 3º pior índice de desigualdade no mundo



Fonte: jornal O POVO, 24-07-2010
Cerca de 58% da população brasileira mantém o mesmo status social de pobreza entre duas gerações. Nos países nórdicos, é de 19%. Na América Latina, o Brasil empata com Equador e só perde para Bolívia e Haiti em relação à pior distribuição de renda

O Brasil tem o terceiro pior índice de desigualdade no mundo e, apesar do aumento dos gastos sociais de 10 anos para cá, apresenta uma baixa elevação social e educacional entre gerações. Os dados estão no primeiro relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre a América Latina e o Caribe. De acordo com o estudo, a região é a mais desigual do mundo. “A desigualdade de rendimentos, educação, saúde e outros indicadores persiste de uma geração à outra, e se apresenta num contexto de baixa mobilidade socioeconômica”, revela o estudo do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) e concluído este mês.

Entre os 15 países com maior diferença de renda entre ricos e pobres, 10 estão na América Latina e Caribe. Na região, o Brasil empata com Equador e só perde para Bolívia e Haiti em relação à pior distribuição de renda. Quando outros continentes são incluídos, a Bolívia ganha a companhia de Madagáscar e Camarões no primeiro lugar e o Haiti tem ao seu lado, na segunda posição, Tailândia e África do Sul.

Para o Pnud, esses países apresentam índices “muito altos”. O relatório do programa daa Nações Unidas destaca que a maior dificuldade na América Latina é impedir que desigualdade social persista no decorrer de novas gerações. “A desigualdade reproduz desigualdade, tanto por razões econômicas como de economia política”, afirma um trecho do documento. E os números não são nada bons para o Brasil.Cerca de 58% da população brasileira mantém o mesmo status social de pobreza entre duas gerações, enquanto no Canadá e nos países nórdicos, por exemplo, esse índice é de 19%.

“Estudos realizados em países com altos níveis de renda mostram que a mobilidade educacional e o acesso a educação superior foram os elementos mais importantes para determinar a mobilidade socioeconômica entre gerações”, diz a ONU.De acordo ainda com o estudo das Nações Unidas, é baixo também o crescimento do nível de escolaridade entre pai e filho. E esse resultado é influenciado pelo patamar educacional da geração anterior.

No Brasil, essa influência chega a ser de 55%, enquanto nos Estados Unidos, esse porcentual é de 21%. O Brasil, nesse quesito, perde para nações como Paraguai, Panamá, Uruguai e Jamaica. (das agências de notícias)

4 comentários:

  1. Prezado Armando.

    Esta informação não é nenhuma surpresa ou nenhuma novidade. No dia-dia convivemos com ela. Os recursos que são gastos para informar irrealidades e promover governantes, talvez ajudassem a diminuir esses indices. Lamentavel um pais com tanto potencial se apresentar assim diante do mundo, mais lamentavel ainda os proprios brasileiros não entendem assim, vivem noutro mundo.

    ResponderExcluir
  2. Oxente, e não diziam que o Brasil tinha virado um paraíso?
    que a pobreza tinha tomado doril?
    que éramos uma ilha de prosperidade com todo mundo fazendo três refeições ao dia e frequentando os shoppings?
    vôte...

    ResponderExcluir
  3. O que essa gente não é capaz... Santo Deus! A reporter Carolina Brígido do O Globo, sabe muito bem qual o alvo atingir: O geverno Lula e a campanha da Dilma Rouseff à presidência da república.
    1) A reporte esqueceu de relatar que a renda dos pobres aumentou no governo Lula.
    2) E a desigualdade social diminuiu muito no atual gaverno. O O brasil ainda precisa fazer muito, e mesmo com o pouco que fez as elites retrógradas ainda querem barrar esse crescimento. Em 1992 a classe média era um terço do total da renda brasileira, hoje ela passa dos 50%.
    Entre 2003 e 2008, 32 milhões de brasileiros engressou no conjunto das classes, A,B e C, e o principal motivo desse desenvolvimento não foi o bolsa familia e sim a renda do trabalhador. Entre 2003 e 2009 foram criados 8 milhões de empregos com carteira assinada e entre 2000 e 2008 a renda dos 10% mais pobres da população cresceu 72%, crescimento igual o da china. E a renda dos 10% mais ricos creceu 11%, o que para mim já é de bom tamanho!
    Obs:São dados extraido do blog:
    Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim.

    ResponderExcluir
  4. Francisco Gonçalves:
    O nome do site de Paulo Henrique Amorim devia ser: “CONVRSA FIADA”, ou quem sabe, “Miolo-de-pote”, ou ainda: “Me engana que eu gosto”....
    Nunca vi tanto puxa-saquismo e tanto exagero como desse jornalista chapa-branca.
    Alguém acredita nessas estatísticas?
    Eu me baseio mais no que vejo no dia-a-dia.

    ResponderExcluir