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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Uma nova chance! - Enviado por Magnolia Fiuza.

Havia uma homem muito rico, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço...Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que ao contrário de seu pai não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de fazer festas e estar com seus amigos, e de ser bajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abadonariam. Os insistentes conselhos de seu pai lhe retiniam aos ouvidos, e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.
Um dia, o velho pai já avançado em idade, disse aos seus empregados para construirem um pequeno celeiro e, dentro dele, fez uma forca, e junto a ela uma placa com os dizeres:"Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai". Mais tarde chamou seu filho e levou até o celeiro e disse: Meu filho, eu ja estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados, vai gastar todo o dinheiro com seus amigos, irá vender os animais, e os bens, para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrempender amargamente de não ter me dado ouvidos.
É por isso que eu construí esta forca. Sim, ela é para você, e quero que me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela? O jovem riu, achou um absurdo, mas para não contrariar o pai prometeu, pensando que jamais isso pudesse acontecer. O tempo foi passando, porém o pai morreu e o filho tomou conta de tudo. Mas exatamente como o pai previra, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um filho tolo, lembrou-se de seu pai e começou a chorar e dizer: Ah! Meu pai, se eu tivesse ouvido os seus conselhos... Mas agora é tarde, tarde demais! Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que restava. A passos lentos se dirigiu até lá. Entrando, viu a forca e a placa empoeirada, e disse: Eu nunca seguii as palavras de meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, dizendo: Ah, se eu tivesse uma nova chance e então pulou, sentiu por instante a corda apertar sua garganta. Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas e diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:"Essa é sua nova chance, eu te amo muito. Seu pai".

2 comentários:

  1. Assim são os pais. Embora os filhos nem sempre os entendam.

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  2. Magnolia.
    Essa é uma história comovente, não creio é que esse rapaz cabeça dura, ou outro assim como ele, possa se emendar, mas o que vale é a moral da história: "Deve-se ouvir os conselhos dos pais enguanto ele estiver vivo. Ou então dirá depois:
    - Ah se arrependimento matasse!"

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