Estava fazendo um grande verão, a lavoura já secando, mas, todas as noites avistavam um relampinho bem longe no rumo do nascente. Amanhecia o dia e nada de chuva.
O Chico Biloto, um caboclo de Várzea-Alegre aproveitando a viagem que o velho tropeiro Antônio de Gonçalo teve que fazer ao Aracati, a fim de comprar sal, em costas de burros, disse para a mulher: “Rosária, eu vou "pru Aracati tombem", quero vê onde diabo é aquele relampo de todo dia".
Chegou no Aracati, sempre avistando o relampinho em frente. Deixou o companheiro e foi até a beira da praia, e de lá avistou o mesmo relampinho bem longe, no alto mar.
Danadinho de raiva voltou. Quando chegou em casa a mulher perguntou: “adonde é o relampinho, Chico?
E ele ainda com muita raiva, respondeu: “no inferno...A mulher que era muito católica, começou a se benzer, dizendo: Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria...”
Danadinho de raiva voltou. Quando chegou em casa a mulher perguntou: “adonde é o relampinho, Chico?
E ele ainda com muita raiva, respondeu: “no inferno...A mulher que era muito católica, começou a se benzer, dizendo: Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria...”
Chico Biloto corria atras do relâmpago, Pepê corria léguas com medo. Isso é a natureza.
ResponderExcluirMorais, o seu blog me possibilitou externar a impressão que tenho de nossas coisas e dos causos de nossos antepassados.
ResponderExcluirSabe-se que a cultura é feita de fatos e, para celebrá-los, é preciso ter alguém que os impulsione.
Vocé é um desses que possibilita a
distensão de episódios e a incorporação de histórias no imaginário das pessoas, para transformar o presente e influenciar o nosso futuro.
Reitero a gradidão pelo apoio que tenho tido no seu blog e, muito mais, pela sua participação no meu livro TROPEIRISMO NOSSO...