O meu pai Pedro Alves de Morais ( Pedro Piau ) Era escrivão do cartório do segundo ofício.E João Alves de Lima ( João Francisco ) Do primeiro ofício. Os dois cartórios ficavam na rua Major Joaquim Alves, em Várzea Alegre a menos de 50 metros de um para o outro.
Rita Valdeliz Correia, casada com Jesus Clemente, acumulava as funções de distribuidora e contadora da comarca, mas tinha dificuldade para fazer o seu trabalho. Sempre recorria ao meu pai ou a João Francisco.
Um certo dia meu pai estava lavrando uma escritura com uma certa urgência, quando chegou Valdeliz com quatro processos na mão. Colocou no balcão e falou:
- Pedro Piau. Distribúia esses processos para mim, que já tá com cinco dias que o juiz despachou e eu ainda não tive tempo.
Meu pai sem nem levantar a cabeça disse:
- Valdeliz. Eu sinto muito. Mas você teve cinco dias para distribuir e não distribuiu, agora vem no último dia, quando eu estou muito ocupado. Não vai dar não.
Valdeliz catou os processos e saiu para o outro cartório. Chegando lá encontrou João Francisco um tanto nervoso, mas resolveu arriscar:
- João. Distribúia esses processos, que eu só tenho prazo até amanhã. O escrivão sério ou brincando disse;
- E porque você não distribuiu? Não é você a distribuidora?
Valdeliz com expressão de decepção ainda quís salvar o seu problema dizendo:
- João Francisco parece que não gosta de mim.
- O escrivão respondeu cuto e grosso, como baga de charuto:
- E NEM DE JESUS!
SE O POETA NAO TIVESSE EXPLICADO ANTES QUE JESUS ERA O ESPOSO E SE O LEITOR NAO TIVESSE CONHECIMENTO DOS NOSSOS CONTRASTES.... E NEM DE JESUS ESSA FOI BOA. VALEU BOTADOR DE BONECO DO JATI
ResponderExcluirMundim.
ResponderExcluirUm bom caso. Mostra a sinceridade do João Francisco. Mas garanto que Valdeliz não deixou de ser atendida. Os dois Pedro Piau e João FRancisco eram atenciosos e prestativos nas suas funções. Um abraço para os tres: Mundim, João Francisco e Pedro Piau.
Feliz Natal
Gosto dessas histórias de Mundim.
ResponderExcluirNum conheço o povo que faz parte do enredo,mas tiro a limpo a história pelos comentários de Morais... É ele o contraponto... (risos)
Abraço,
Claude