Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que falta no texto abaixo - Enviado por Rodrigo Bezerra Bitu.

Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Descobriu?

5 comentários:

  1. O que falta no texto enviado por Rodrigo Bitu? Descobriu?

    ResponderExcluir
  2. Já percebi que falta realmente uma coisa, mas deixa ver, poderá ficar sem graça, se é o que realmente estou a pensar. Se é a que estou pensando, voga se for com ele e sem ela.

    ResponderExcluir
  3. Rodrigo, Morais, Robson,

    Eu, imbuído numa tristeza infinita e num saudosismo jamais imaginado, senti bastante falta da nossa primogênita e elegante mulher fêmea do sexo feminino. A letra "A".

    ResponderExcluir
  4. Pois é Dr. Savio. A mais simpatica das letras não foi utilizada neste belo texto. O autor é caprichoso escreveu o texto sem se utilisar da letra A. Deve ter dado um belo trabalho. Obrigado Robson por sua participação.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  5. É....

    Rodrigo B Bitu

    Já que você é tão esperto, diga-me qual é a palavra de 4 sílabas que contem simplesmente 23 letras?

    Me diga home!

    Vicente Almeida

    ResponderExcluir