O resto não importa
- Claude Bloc -
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Senti-me em casa novamente. Observei os pequenos trejeitos das pessoas me acolhendo, as pequenas imperfeições nas paredes toscas, percebi quase todas as minhas hesitações e o sentido dos olhares amigos e afáveis que velavam minha presença ali.
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Eu tinha razão: o espaço estava envelhecido e de repente me pareceu demasiadamente abandonado para receber minha música, minha presença que deveria ser tão envolvente quanto a emoção que eu sentia. O chão de taco, a cortina que não abria mais, as letras lá no alto: FrançAlegre, tudo parecia olhar-me com uma grande saudade. Como se eu ou aquela música que íamos ouvir – aquele estilo de vida que hoje eu transportava – fosse uma espécie de profanação de um local onde a vida fora tão exuberante e plena. E eu me postava tão séria, naquele momento. Tão consciente que me doíam as têmporas. Como se o coração pulasse dentro de mim sem trégua e eu deixasse vazar minha emoção por todo o ambiente.
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Eu tinha razão: o espaço estava envelhecido e de repente me pareceu demasiadamente abandonado para receber minha música, minha presença que deveria ser tão envolvente quanto a emoção que eu sentia. O chão de taco, a cortina que não abria mais, as letras lá no alto: FrançAlegre, tudo parecia olhar-me com uma grande saudade. Como se eu ou aquela música que íamos ouvir – aquele estilo de vida que hoje eu transportava – fosse uma espécie de profanação de um local onde a vida fora tão exuberante e plena. E eu me postava tão séria, naquele momento. Tão consciente que me doíam as têmporas. Como se o coração pulasse dentro de mim sem trégua e eu deixasse vazar minha emoção por todo o ambiente.
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Encostei-me para trás e pousei as mãos no parapeito, naquela posição de espera tão tipicamente minha, embaralhando os sonhos pela bainha da chapada. Da janela, avistei o alto da serra, altiva em seus tons celestes. O azul se espalhou pelo recinto. Mas tudo já entrava em palco. A cena. O cenário.
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O resto não importa. Voltei!
Claude Bloc
Caros amigos do Blog Sanharol,
Estive ausente por uns dias porque estava em D. Quintino para os festejos de S. Sebastião e naquele distrito não tive acesso à internet.
Um abraço a todos
Claude
Prezada Claude.
ResponderExcluirQue belo texto. Rico em argumentos e literatura rara. Perdoe-me a expressão, mas como falamos lá em nós: está pai d'egua. Parabens.
A. Morais
Claude,
ResponderExcluirParabéns pelo belo texto e pelo retorno majestoso e triunfante ao ponto. Composição de céu, vida, terra e ar. Mistura pra sonhar.
Sávio.
Morais,
ResponderExcluirObrigada pelo jeito especiasl de saudar meu texto. Lá em nós também se fala "paid'égua", portanto a expressão está aceita e é bem vinda...
Abraço,
Claude
Sávio,
ResponderExcluirSuas palavras nunca caem no vazio, pois são cheias de sincero apreço.
Desta forma, todos os elementos te agradecem em meu nome e em nome da poesia.
Por entre estrelas agradeço tanta gentileza...
Abraço poético,
Claude