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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PAPAGÁIO ESPERTO E LOIRA BURRA - Por Mundim do Vale


O saudozo poeta Zé Clementino também contava as deles. Essa foi ele que me contou.

José Paulino dos Santos ( Zé Mouco, possuía um papagáio, que foi herança da sua mãe Generosa.
O papagáio muito falador, ganhou o nome de Lourival.
A menos de setenta metros da carpintaria onde morava o Lourival, fiava a casa de Manoel Bezerra, onde tinha uma loira muito simpática com o nome de Lourinalda. Os dois passeando pelos telhados começaram a bater papo e Lourival já partiu para a conquista, tentando flertar com a loira, que se fazia de difícil mas o louro não desistia. Até que a duras penas conseguiu conquistar. Namoro firme, passeios de asas dadas, tudo ía muito bem, até que chegou o carnaval. A folia corria solta no Recreio Social, que ficava muito próximo a casa dos namporados.
Lourival deixou a namorada só e sumiu durante o período momino. Quando foi na quarta feira de cinzas, chegou cantando o samba " Amélia " Lourinalda coma a cara de Amélia falou:
- Mas Lorival como é que tu faz uma coisa dessa?
- E o que foi que eu fiz?
Tu pensa que eu não sei? Pois uma andorinha me contou que viu tu arrastando uma asa pra franga de Emília de Romão alí no Recreio Social.
- Isso é mentira. Eu te amo, me dê...... A loira interrompeu e disse: - Êpa! Pode parar. Do jeito que tu anda me tratando eu não dou nem o pé.
- E tu vai acreditar nessa andorinha? Deixa de ser besta. essa andorina tá querendo é que tu acredite pra depois ela dizer que tu é uma loira burra!. Vai nessa!
- É mesmo. Pois eu também te amo. mas onde era que tu tava nesses dias?
- Eu tava era doente, mudando a pena.
O namoro continuou e Lourival já falava em casamento.
Na aproximação da eleição, manoel Bezerra era candidato a vereador e Zé Mouco era adversário ferrêneo de Manoel. Foi aí a oportunidade para a loura por em prova a fidelidade do noivo.
Os dois estavam se bicandos, quando a loira parou e falou:
- Lourival tu me ama mesmo?
- Claro. Você quer fazer uma prova?
- Quero.
Pois faça.
- Então lá vai. Eu só me caso com você, se você ajeitar pra Zé Mouco votar em Manoel Bezerra.
- Pois Aguarde.
Lourival foi falar com Zé Mouco. E Zé dise que não votava nem arrastado pela besta fera.
Terminou a apuração, Manoel não elegeu-se e por consequência o noivado foi rompido.
Lourinalda ficou coroa e ainda sofria gozações das ponbas de Robson Moreno. Elas diziam que lourinalda era um loira burra, porque perdeu um excelente casamento por causa de um candidato ruim.

Dedicado a Flor e Luz de París em Serra Verde e Dr. José Bitu Moreno.

2 comentários:

  1. Mundim do Vale.

    Dizia o mestre Luiz Gonzaga que quando o candidato é ruim não tem jeito que dê jeito.

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  2. Mundim,

    Achei que desse jeito meu apelido ficou comprido demais (risos). Acho melhor eu postar ora com um ora com outro... Senão o povo vai pensar que sou metida a besta.

    Para você me dirijo como Flor da Serra Verde.

    Agradeço pela dedicatória... e falo como Magnólia: ainda bem que não sou loura!

    Ahhh, pergunta a Morais se ... ainda tá valendo o convite pra gente ir ao Sanharol...

    Abraço,

    Claude

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