Da esquerda para direita- Zé Felipe, Chico Seabra e Zezinho Costa.
Inverno lascado, estradas inundadas e intransitáveis, lá se vão Zefelipe e seu carro em busca da Paraíba, arrastando toneladas de cargas.
De repente, puft! O carro jogou-se num buraco coberto pelas águas e as rodas “se-atolaram-se”, as da frente e as detrás, até acima dos eixos. Foi por ali, onde morava aquela família numerosa, toda ela de gente da cabeça enterrada no pescoço, os Gonçalves da Caiçara, Providencialmente, em grupo numeroso, surgem homens, mulheres e meninos, portando foices, facões, enxadas, estrovengas e o diabo. Verdadeiro adjunto, perfeito mutirão. Todos dispostos a ajudar e fazer o que fosse preciso e possível.
Zefelipe se encheu de alma nova e alegria e falou que toda aquela gente era caída do céu, salivação em termos. E foi aquele arrojo, verdadeiro cabo de guerra. Bota pedra, escora, estaca, calça os pneus, um ba-fá-fá... Zefelipe senta na direção manda que façam força, empurrem, liga o motor, infinca o pé no acelerador, liga a marcha, passa marcha, e o bicho fica rodando espritado em vão, sacudindo lama e raiva em cima de toda a brava equipe.
Depois de muito fuçar, não era pra menos – o bicho de desprende e avança e sai do aperreio. Zefelipe aproveitando a embalagem olha pra traz e diz: boa turma, gostei de ver. Vou pra Campina Grande e não me esquecerei de vocês, na volta, vou trazer um saco de pescoços para vocês.
De repente, puft! O carro jogou-se num buraco coberto pelas águas e as rodas “se-atolaram-se”, as da frente e as detrás, até acima dos eixos. Foi por ali, onde morava aquela família numerosa, toda ela de gente da cabeça enterrada no pescoço, os Gonçalves da Caiçara, Providencialmente, em grupo numeroso, surgem homens, mulheres e meninos, portando foices, facões, enxadas, estrovengas e o diabo. Verdadeiro adjunto, perfeito mutirão. Todos dispostos a ajudar e fazer o que fosse preciso e possível.
Zefelipe se encheu de alma nova e alegria e falou que toda aquela gente era caída do céu, salivação em termos. E foi aquele arrojo, verdadeiro cabo de guerra. Bota pedra, escora, estaca, calça os pneus, um ba-fá-fá... Zefelipe senta na direção manda que façam força, empurrem, liga o motor, infinca o pé no acelerador, liga a marcha, passa marcha, e o bicho fica rodando espritado em vão, sacudindo lama e raiva em cima de toda a brava equipe.
Depois de muito fuçar, não era pra menos – o bicho de desprende e avança e sai do aperreio. Zefelipe aproveitando a embalagem olha pra traz e diz: boa turma, gostei de ver. Vou pra Campina Grande e não me esquecerei de vocês, na volta, vou trazer um saco de pescoços para vocês.
Prezados Leitores.
ResponderExcluirCom estas tres historia encontradas no livro - Varzea-Alegre - minha terra - minha gente do Dr. J. Ferreira, o Blog do Sanharol monta um arquivo de 10 causos do Jose Felipe de Sousa. Não paramos por aqui. Em Crato tem uma irmã do Ze Felipe, e está coletando alguns causos para enviar para uma colaboradora do Blog que é sua sobrinha e esta fará as postagens para o deleite de nossos conterraneos e registro da memoria do ZEFELIPE. Aguardemos.
E A ENCICLÓPEDIA VIRTUAL DA NOSSA CULTURA CONTINUA ABERTA VALEU AMIGO MORAIS POR MAIS ESSA.
ResponderExcluirDONA VIRGÍNIA E SEUS DOIS MARIDOS - Mundim do Vale
ResponderExcluirA Rede Globo produziu Dona Flor e seus dois maridos, inspirada num causo do nosso conterrâneo José Felipe de Souza. (Zé Felipe Afamado) Zé Felipe, em uma das suas viagens para Campina Grande Paraíba, uma vez levou a sua esposa Virgínia, para conhecer a cidade. No caminho um conhecido seu da cidade de Lavras da Mangabeira Ceará, pediu uma carona e ele levou.
Chegando em Campina, a cidade estava em festas e tudo quanto era hotel e pensão estavam lotados. Como ele sempre dava preferência a uma pensão de um amigo, o proprietário fez um esforço e conseguiu um quarto para o casal. Zé Felipe muito generoso deixou que o conhecido dormisse no mesmo quarto, Zé era o tipo que não deixava um conhecido dormir na rua.
Na manhã seguinte, Zé acordou primeiro e deu uma saída para uma varanda, quando notou a curiosidade de um empregado da pensão sempre olhando na direção do quarto. A curiosidade do empregado chegou ao ponto de abordar o hóspede:
- Zé. De quem aquela mulher?
- É casada com aquele meu amigo.
- Vixe !
A esposa de Zé, lá de onde estava escutou a conversa e não gostou. Chamou o marido em particular e falou:
- Mas Zé. Como foi que você foi fazer isso?
- Fazer o que?
- Dizer que eu sou a mulher daquele homem se eu nem conheço ele.
- Virgínia. É porque eu sou muito conhecido aqui em Campina Grande. E esse camarada tá vindo pela primeira vez. Tú não acha que é melhor chamarem ele de corno, do que me chamarem?
Fonte: José de Souza Sobrinho. Sobrinho de Zé Felipe Afamado.