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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 21 de maio de 2011

462 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


José Augusto de Lima Siebra.

Cada dia que vivo, mais surpresas tenho. Em Outubro completo seis décadas nos costados, e, esse soneto do José Augusto, que apresento a seguir, deve ter esse mesmo tempo ou mais, e, eu não o conhecia.

Feliz estou por duas razões: inicialmente por reconhecer a competência poética do José Augusto, nosso conterrâneo da Rajalegre e depois por poder contribuir com a divulgação de tão belo soneto.

Falar do canto do Xexéu é voltar aos tempos de criança, quando os nossos agricultores se alegravam, porque esse canto era sinal de chuvas, de inverno.

É prazeroso ser surpreendido como fui, com os poemas de José Augusto pela qualidade, pela beleza e sobretudo pela sentimento de amor, pureza dalma existente.

Antônio Alves de Morais

Segue o soneto do José Augusto de Lima Siebra:


Alvorada.

De luz um raio aponta no nascente
Troa na mata o canto do xexéu
A noite se escondendo de repente
Deixa morrendo estrelas lá no céu.

Distende o manto o dia docemente
Cobrindo a natureza com um véu
Os passarinhos acordando de repente
Soltam no bosque um canto de troféu.

Vão morrendo as estrelas de hora em hora
A lua lá no céu desmaia e chora
A rosa nasce sobre o verde galho.

E o sol saindo lá do mar profundo
Mil encantos trazendo para o mundo
Marca as horas do dia e do trabalho.




4 comentários:

  1. Eram dois José Augusto. José Augusto Leite e José Augusto de Lima Siebra. O primeiro casado com Dona Zulmira irmã do segundo.

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  2. Maravilhoso soneto. Nosso povo é surpreendente.
    Abraços

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  3. é isso eu estou em reuniões literárias com um neto do josé augusto leite

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  4. Como diz o Vicente Almeida,

    É...

    Esse soneto é tão bom quanto o alvorecer.

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