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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MOMENTO DA POESIA - Por Claude Bloc

GATOS - POEMAS
- Claude Bloc -




Há poemas que são como gatos
que brincam, que pulam das mãos da gente.
Fogem ligeiro em meio aos sonhos
e enquanto o tempo desliza pela janela
e enquanto passamos pelos seus portais
eles saltitam por sob a mesa
e ainda se escondem por trás das cortinas
e se enroscam nas fotografias
remexendo a memória da gente...

Então,
poemas são como gatos
que parecem se esquecer do mundo
quando são vistos adormecidos...
quando sobem no colo
quando riscam  telhados
e se deitam na alma da gente...
.

E como poemas são como gatos
que olham o profundo dos sentimentos
e veem  a superfície dos sonhos da gente
que fazem mistério, que brincam e calam
tenho certeza de que lhes daria nomes
ainda que fossem  inscritos na noite
pois também há gatos que sonham
e pensam
e crêem  que são poemas.

4 comentários:

  1. Claude,

    Eu chamaria esta belíssima, leve, ágil e saltitante peça de "Poema das Sete Vidas".

    Um grande abraço.

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  2. Boa noite, amigo Savio...

    Amanhã estou aí em Raja.

    Obrigada pelas considerações sobre meu poema felino... Creio que seu título coube certinho nele.

    Abraço,

    Claude

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  3. Claude, abraço bem gatoso procê, rsrsrs. Fatima Bezerra

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  4. É...

    Hummmmm:

    Já vimos esses gatinhos estimuladores de poemas e poesias, numa certa casa amarela lá no Pimenta.

    Vicente Almeida

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