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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MOMENTO DA POESIA - Por Claude Bloc

Verso desgarrado

- Claude Bloc - 
Por do sol em Sobral - UVA
O silêncio não impede a poesia,
não espanta as cores
nem se embrenha nas matas
sem dar aviso.
O silêncio
essa pausa, essa ausência
esse vão, esse vácuo
essa essência que perfuma os sonhos,
essa mistura que  chora as mágoas...
é o silêncio
que a poesia não mostra
que se esconde inteiro
em algum verso desgarrado .

O silêncio carrega a rima,
 rua abaixo, rua acima
Amanhece e dorme
e, à noite, tarda
anoitece com a lua.
entre a luz e as estrelas
e se torna gigante
e se torna encanto
nesse mesmo momento
 em que todos os versos
passeiam num poema.

Claude Bloc

3 comentários:

  1. Claude.

    Mais um belo poema com a sua marca.

    Parabens.

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  2. Divino! por de sol. Maravilhoso poema. Abraço. Fatima bezerra.

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  3. Claude,

    O silêncio...
    É um poema sem palavras,
    Sem fonemas.
    Às vezes...
    Ensurdecedor.

    Um abraço.

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