Verso desgarrado
- Claude Bloc -
Por do sol em Sobral - UVA |
O silêncio não impede a poesia,
não espanta as cores
nem se embrenha nas matas
sem dar aviso.
O silêncio
O silêncio
essa pausa, essa ausência
esse vão, esse vácuo
essa essência que perfuma os sonhos,
essa mistura que chora as mágoas...
essa mistura que chora as mágoas...
é o silêncio
que a poesia não mostra
que se esconde inteiro
em algum verso desgarrado .
O silêncio carrega a rima,
rua abaixo, rua acima
O silêncio carrega a rima,
rua abaixo, rua acima
Amanhece e dorme
e, à noite, tarda
anoitece com a lua.
entre a luz e as estrelas
entre a luz e as estrelas
e se torna gigante
e se torna encanto
nesse mesmo momento
em que todos os versos
em que todos os versos
passeiam num poema.
Claude Bloc
Claude.
ResponderExcluirMais um belo poema com a sua marca.
Parabens.
Divino! por de sol. Maravilhoso poema. Abraço. Fatima bezerra.
ResponderExcluirClaude,
ResponderExcluirO silêncio...
É um poema sem palavras,
Sem fonemas.
Às vezes...
Ensurdecedor.
Um abraço.