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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 4 de setembro de 2011

POSTAGEM DE NÚMERO 1.000 - Por Mundim do Vale.

31 de agosto de 1.966, dia de São Raimundo Nonato, ressaca da festa, que foi fraca por conta do inverno ruim, sem contar com o reflexo negativo deixado pela derrota do Brasil na copa do mundo.
Chega Zé Mariano na barbearia de Vicente Cesário vestindo: Uma camiseta desbotada e sem mangas, própria para tomar injeção, uma bermuda mais enfadada do que calção de sapateiro, um par de chinelas japonesas com clips segurando o cabrexto, e uns óculos Globo 66. Senta no banco entre Vicente Cesário e Antônio Grande e diz:
- Oh Ontõe! Aqui inriba deu tem mais de 800 cruzeiro.
Antônio rebateu:
- Pera. Zé Mariano! Esses óculos Globo 66, Gregório da Celca tava vendendo a 15 cruzeiros. Chico Piau até comprou dois, um pra ele e outro pra botar no jegue no dia da corrida que o Padre Vieira vai fazer, essa camiseta tão vendendo ali nas barracas a 10 cruzeiros, essa bermuda Azarias vende a 12 cruzeiros, essas japonesas Mané da sapataria tá vendendo o par por 3 cruzeiros.- Tu tá ficando doido?
Nesse exato momento Otacílio Correia entrava na Casa das Máquinas, de palitó, gravata e sapato social, muito bem polido.
Vicente Cesário bateu no ombro de Zé Mariano e falou:
- Meu bichim! Porque tu não pergunta a Otacílio quanto ele quer de torna, na troca dos uniformes.

16 dias antes desse causo, nascia o comunicador e estoriador Dihelson Mendonça.

Reprisado para aqueles que chegaram no blog a pouco tempo.

Um comentário:

  1. Mundim.

    Morrendo de rir com a indumentaria e os preços. O jegue de oculos é demais.

    Parabens.

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