(Fonte: revista Veja)
Ana Arraes, do TCU, é mãe do
governador de PE, Eduardo Campos, estado beneficiado pelo projeto. Ela é contra
parar obras com indícios de irregularidade
Obras de transposição do rio São Francisco no eixo leste entre os município de Betânia e Custódia no estado de Pernambuco (Wilson Pedrosa/AE)
Está nas mãos da ministra Ana Arraes, recentemente eleita para o Tribunal de Contas da União, avaliar o aumento do preço de contratos de obras da transposição do Rio São Francisco. Ana é mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estado beneficiado pelo projeto. Campos foi líder do PSB na Câmara, o mesmo partido ao qual é filiado o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, seu afilhado político e responsável pela obra de 6,9 bilhões de reais.
No início da semana, Bezerra informou que negociava com o TCU um reajuste acima dos 25% do limite legal para pelo menos um dos contratos. Alegou que haveria prejuízo com a desmobilização de grandes máquinas de cavar túneis no lote 14 do eixo norte, que contabiliza avanço de apenas 27,1% no contrato.
Obra mais cara bancada com dinheiro dos impostos, a transposição do São Francisco prevê o desvio de parte das águas do rio por mais de 600 quilômetros de canais de concreto construídos em quatro estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O TCU informou, por meio da assessoria, que o assunto está aos cuidados da ministra Ana Arraes, a quem coube relatar uma auditoria do tribunal sobre acréscimos de preços na obra, os chamados "aditivos". A reportagem não obteve resposta ao recado deixado no telefone celular da ministra. Ao tomar posse, em outubro, Ana Arraes fez discurso contrário à paralisação de obras sob suspeita de irregularidade. Entre as prerrogativas do tribunal está recomendar a paralisação ou mandar suspender pagamentos.
(Com Agência Estado)
Armando.
ResponderExcluirFeliz ano novo.
A foto é um retrato deste governo. Não precisamos falar mais nada.
Abraços.