Qualquer texto, seja em prosa, seja em verso, precisa ter graça, harmonia e compromisso com a gramatica e com o enredo. No caso do cordel é necessário que, alem de tudo, seja bem metrificado e bem rimado. Do contrario, não consegue prender o leitor.
Leandro Gomes de Barros, um dos nossos primeiros, escreveu Viagem ao Céu, um bom trabalho. Um pouco mais tarde foi a vez de Manuel Camilo escrever o hoje famoso Viagem a São Saruê. Trata-se de um texto fantasioso ao extremo, onde o autor comete muitos erros de métrica, principalmente nas duas estrofes com versos decassílabos. Mais recentemente, o cearense Arievaldo Viana e o pernambucano Manuel Monteiro, dois poetas centrados e cuidadosos, escreveram Viagem a Baixa da Egua.
Viagem a Baixa da Egua postarei em quatro vezes de 8 estrofes nos próximos dias.
A partir de amanha estarei postando o cordel "Viagem a Baixa da Egua". Serão quatro postagens de oito estrofes.
ResponderExcluirUm bom cordel. Acompanhe.
Antonio Morais
ResponderExcluirNem sou bom rimando e nem proseando, mas digo lá do meu jeito tosco o que quero dizer. As pessoas entendem, posso estabelecer um diálogo entre eu e leitor. José Saramago, nosso único Nobel de literatura em língua portuguesa seu estilo é usar o ponto e a vírgula para contar suas histórias é um escritor imaginoso, acho que é o que interessa. Lendo um livro de críticas literárias onde comparava um texto original da obra de José de Alencar vi o quanto o nosso mais romântico escritor pecava no português. Quanto à métrica poética sempre tive dificuldades em contar as sílabas.
Em tempo Morais aqui em São Paulo eu posso te garantir que o blog do sanharol é muito bem visitado.