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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cachoeira, obediente, emudeceu - Por Augusto Nunes.



Vários integrantes da CPI do Cachoeira pareceram à beira de um ataque de nervos com a estratégia do silêncio adotada pelo pivô do escândalo da vez.

Por ter recorrido ao direito constitucional de permanecer calado para não produzir provas que possam incriminá-lo, o delinquente Carlos Augusto Ramos foi acusado de insultar o Congresso e debochar dos representantes do povo.

Como pode um chefe de quadrilha tratar parlamentares com tamanho atrevimento?, ergueram a voz inquisidores coléricos.

Todos os parlamentares sabem que o cliente de Márcio Thomaz Bastos emudeceu por ordem do advogado a seu lado.

Carlinhos Cachoeira fez exatamente o que fizeram na CPI dos Correios, também por determinação do ministro da Justiça reduzido a chefe do serviço de socorro jurídico aos mensaleiros, os depoentes Delúbio Soares, Marcos Valério, Sílvio Pereira e outros protagonistas do escândalo descoberto em 2005.

Mas ninguém ousou perguntar ao doutor, na sessão desta tarde, até quando pretende afrontar os brasileiros honestos com reedições do espetáculo da mudez malandra.

O anjo-da-guarda da bandidagem federal mostra a falta que faz um Sobral Pinto.

Em vez de cobranças, Márcio Thomaz Bastos foi contemplado por deputados e senadores por um buquê de cumprimentos reverentes e elogios derramados.

Enquanto se cria uma comissão da verdade para apurar crimes do passado, o presente é deformado por mentiras e trapaças patrocinadas por um ex-ministro da Justiça que se especializou em impedir que se faça justiça.

6 comentários:

  1. Um ex-ministro da justiça muito competente para impedir que se faça justiça.

    Falta na presidencia do Congresso um Nilo Coelho pra dizer em plena ditadura militar: Eu não sou presidente do Congresso do PDS, sou presidente do Congresso Nacional.

    O atual presidente, um bunda mole, é presidente do Congresso da Presidenta.

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  2. –– I ––

    É lamentável, é triste ver a foto que ilustra esta postagem. Nela está o ex-ministro da Justiça de Lula, Márcio Thomaz Bastos, advogado do contraventor na Carlinhos Cachoeira, ao lado investigado pela CPI da máfia de Carlinhos Cachoeira.

    Os eternos defensores de tudo que se relaciona com o (des)governo de Lula há de servilmente defender: Márcio Thomaz Bastos atua apenas como advogado. Mesmo assim: um ex-ministro da Justiça (na época que os delitos de Carlinhos Cachoeira aconteciam) hoje advogando em favor da bandidagem? E onde fica a ética?

    Segundo a imprensa (seria a “PiG” tão citada pelos ingênuos e mal-intencionados?), Márcio Thomaz Bastos orientou seu cliente a manter-se em silêncio e assim não produzir provas contra si mesmo. Afirmando seguir os conselhos de seu advogado, Cachoeira declarou aos parlamentares que só falaria depois de depor à Justiça.

    (CONTINUA)

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  3. –– II ––

    (CONTINUAÇÃO)

    Parlamentares da oposição iriam fazer perguntas ao bicheiro Cachoeira, tipo estas abaixo:

    PERGUNTA –Sr. Cachoeira: No início do governo Lula, o Sr. se apresentava como “empresário de jogos” e assim foi tratado pela revista Veja. O senhor era também sócio da multinacional americana Gtech e pretendia fortalecer, na Caixa Econômica Federal, o negócio de loterias eletrônicas. Qual é a relação disso com as denúncias feitas contra Valdomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu, e Rogério Buratti, ex-assessor de Antônio Palocci?

    PERGUNTA – Consta que sua ex-mulher, Adriana Aprígio, não quis pagar os honorários de R$ 15 milhões do advogado Marcio Thomaz Bastos. De onde saem os recursos que custeiam os honorários de Thomaz Bastos?

    (CONTINUA)

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  4. –– III ––

    (CONTINUAÇÃO)

    PERGUNTA – Por que o senhor decidiu morar numa casa que pertenceu ao governador Marconi Perillo? Quanto pagou por ela? De que forma?

    PERGUNTA – Quantas pessoas faziam parte do clube Nextel? O deputado Protógenes Queiroz (PC do B/SP) utilizou um desses rádios? Por que houve uma tentativa de aproximação entre Protógenes e a Delta.

    PERGUNTA – Quanto o senhor gastou com o senador Demóstenes Torres em presentes, propinas e vinhos como o Cheval Blanc 1947?

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  5. Prezado Armando.

    O mais vergonhoso é que o Marcio Thomáz Bastos, neste caso, é mais advogado dos interesses do governo do que do Bandido. Olhe lá se não é o governo que está pagando, como o PT pagou para Delubio, Silvinho, e outros.

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  6. De que adiante um esquema rigorosíssimo de segurança, liberando avenidas em Brasília, envolvendo dezenas de policiais, além de políticos, jornalistas dando cubertura para seus veículos de comunicação, focando esse Cachoeira, e ele simplesmente não dizer nada quando perguntado...Até quando nós brasileiros vamos ter que conviver com essa palhaçada?

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