Lula pediu a Gilmar Mendes adiamento do caso mensalão
Ministro Gilmar Mendes |
Reportagem da Revista Vejadeste fim de semana, informa que o ex-presidente Lula teria se encontrado no dia 26 de abril com o ministro Gilmar Mendes (STF) para tentar adiar o julgamento do mensalão. Em troca da ajuda, Lula ofereceu ao ministro, segundo a publicação, blindagem na CPI que investiga as relações do empresário Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. Lula teria dito ao ministro, conforme a revista, que é "inconveniente" julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com o bicheiro. Na conversa, Mendes teria ficado irritado com as insinuações de Lula e disse que ele poderia "ir fundo na CPI". A assessoria de Lula disse que não iria comentar.
Fonte: Coluna Cláudio Humberto, de 26-05-2012
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Atualizado às 19:21 - O ex-presidente Lula tenta pressionar o Supremo Tribunal Federal a adiar o julgamento do mensalão, para não prejudicar os candidatos do PT nas eleições municipais deste ano. Chegou a procurar o ministro Gilmar Mendes, do STF, e em troca ofereceu ao magistrado "blindagem" na CPI mista do Cachoeira, segundo revelou a revista Veja que circula neste final de semana. O ministro confirmou o encontro com Lula e o teor da conversa. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", afirmou Gilmar Mendes à Folha de S. Paulo, neste sábado.
O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro do governo Lula e ex-integrante do STF. Segundo a revista, Lula disse a Mendes ser "inconveniente" julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira. Membro do Ministério Público, Demóstenes era na época um dos principais interlocutores do Poder Judiciário e de seus integrantes no Congresso Nacional. Gilmar ficou irritado com as insinuações de Lula, durante a conversa, e disse que ele poderia "ir fundo na CPI". Lula também procuraria o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, na tentativa de adiar o julgamento do mensalão.
O ministro foi convidado para encontrar Lula, mas a reunião não ocorreu, tampouco ele percebeu qualquer "malícia"do ex-presidente. O presidente do Supremo diz que a "luz amarela" só acendeu quando Gilmar Mendes contou sobre o encontro, "mas eu imediatamente apaguei, pois Lula sabe que eu não faria algo do tipo". Sexta-feira, em Salvador, Ayres Britto disse que "ainda está para aparecer alguém que ponha uma faca no pescoço dos ministros do STF."
Armando.
ResponderExcluirQuanta falta de princípios e vergonha do ex-presidente Lula. Se é capaz de fazer chantagem com um ministro indicado por outro presidente, imagina o que não fará com um indicado por ele.
Não compreendo como um imoral deste chega a ter 90% de popularidade.
Pobre povo.
Presidente Lula divulga nota oficial sobre publicação da Veja
ResponderExcluirLeia abaixo a íntegra do documento publicado pelo Insituto Lula.
Por Instituto Lula
Segunda-feira, 28 de maio de 2012
Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:
1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.
2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.
3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.
4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.
* Fica mais ético assim, publicar também o outro lado e o leitor acredite em quem achar que deve.