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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sem espaço para "verdade" nas 230 palavras da nota do Instituto Lula - Por Augusto Nunes.


A nota do Instituto Lula sobre as revelações do ministro Gilmar Mendes explica a súbita mudez do presidente mais falante da história; como costumam fazer os clientes do doutor Márcio Thomaz Bastos, Lula está sem voz há três dias para não produzir provas que o incriminem ainda mais.

Melhor assim. Caso quebrasse o silêncio para recitar em público o bisonho palavrório costurado pela assessoria de imprensa, o protetor dos mensaleiros não passaria dos dois pontos que encerram o primeiro parágrafo:

Sobre a reportagem da revista “Veja” publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

“Versão da Veja” coisa nenhuma. “Atribuída ao ministro” coisa nenhuma. O colecionador de embustes não escaparia de ouvir que a revista se limitou a publicar declarações feitas por Gilmar Mendes - reiteradas e ampliadas desde sábado, aliás, em entrevistas concedidas a jornais e emissoras de TV.

Num tom respeitoso que colide frontalmente com o atrevimento de Lula no encontro agenciado por Nelson Jobim, a nota procura apresentar o ministro como vítima de mais uma trama de jornalistas ardilosos. Haja cinismo. 

Se repetisse a falácia numa entrevista coletiva, a cada três frases o ex-presidente gaguejaria meia dúzia de “veja bem”, algo equivalente a trinta piscadas de Rui Falcão.

Se ousasse declamar o trecho da nota em que jura respeitar a autonomia e a independência do Ministério Público e do Judiciário, os risos da plateia poderiam levá-lo a reprisar a palidez de Aloizio Mercadante no dia da revogação da renúncia irrevogável. O craque do microfone só existe em apresentações para auditórios domesticados.

A palavra verdade não aparece uma única vez entre as 230 que compõem o documento medroso, esquivo, dissimulado. É sempre assim. Não há espaço para o substantivo inquietante em textos ditados por quem mente.

4 comentários:

  1. Pois é...

    "A VEJA já merecia uma invasão pela Polícia Federal do PT. Como que publica um negócio desses contra o poder moderador, nosso imperador (!), o nosso farol ético, a nossa lanterna de popa, o nosso guia genial dos povos"?

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  2. O Lula estava dormindo. Pensava que ainda era presidente e todo mundo o temia. Quebrou a cara, o Gilmar encarou.

    As coisas não estão dando certo. A CPI patrocinada pelo Cara para ferrar os adversarios está fugindo do controle. Com a quebra do sigilo Nacional da Delta o Governo foi jogado no meolo do problema. Como fazer para convocar o governador adversario e não convocar o amigo?. Não vai ter Vaccarezza que dê jeito.

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  3. "O Rui Falcão, presidente do PT, no video convocando a juventude a defender o Lula parece um nazista falando para os fanáticos seguidores.

    Que triste partido se tornou o PT. Parece mais uma quadrilha sem noção dos limites. Este ex-presidente é pior que esperávamos do collor. O PT é pior que esperávamos do PRN. Vai virar um partido dos grotões pois a população urbana que le jornais com o tempo vai ver a farsa destes ladroes e não vai mais acreditar neles.

    Eu votei nestes farsantes por 20 anos achando que eles eram diferentes. Realmente são inigualáveis na canalhice".

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  4. Nunca antes n história deste país o pensamento (ler abaixo) de Abraham Lincoln foi tão atual:

    "Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente".

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