O manual do PT para instrumentalizar a CPI do Cachoeira
Documento a que VEJA teve acesso aponta os alvos preferenciais do partido: oposicionistas, imprensa e membros do Judiciário que contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado
Reportagem de VEJA desta semana revela a existência de um documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira. Consta do roteiro uma lista de alvos preferenciais do PT, entre eles Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e Roberto Gurgel, procurador-geral da República.
O guia de ação produzido pela liderança petista, ao qual VEJA teve acesso, não deixa dúvida sobre as reais intenções do grupo mais umbilicalmente ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os alvos são os oposicionistas, a imprensa e membros do Judiciário que, de alguma forma, contribuíram ou ainda podem contribuir para que o mensalão seja julgado e passe, portanto, a existir oficialmente como um dos grandes eventos de corrupção da história brasileira – e, sem dúvida, o maior da República.
O documento foca em especial Gilmar Mendes, que Lula tentou constranger, sem sucesso, em sua cruzada para adiar o julgamento do mensalão, conforme mostrou reportagem de VEJA da semana passada. São dedicados a Mendes quatro tópicos: 'O processo da Celg no STF', 'Satiagraha, Fundos de Pensão, Protógenes', 'Filha de Gilmar Mendes' e 'Viagem a Berlim'. São todas questões já levantadas pelos mensaleiros e seus defensores e que, uma vez esclarecidas, se mostraram fruto apenas do desejo de desqualificar um integrante do STF que os petistas consideram um possível voto contra os réus do mensalão.
Descontentes – Alguns petistas discordaram, à boca pequena, da atuação de Lula. Lembraram que é errado dar como certo o voto de Gilmar Mendes na condenação dos mensaleiros, uma vez que o ministro, por exemplo, foi contrário à inclusão de Luiz Gushiken, ex-ministro de Lula, na lista de réus do mensalão.
Sob anonimato, é mais fácil hoje do que há algumas semanas encontrar petistas fortemente críticos da estratégia de atacar a imprensa e envolver o procurador Roberto Gurgel na CPI do Cachoeira. No documento feito pelos petistas empregados na liderança do partido no Congresso, Gurgel é falsamente acusado de engavetar o caso conhecido como Operação Vegas, em que a Polícia Federal investigou o jogo ilegal no Brasil. O documento do PT dá como fatos as mais absurdas invencionices contra a imprensa, marteladas por blogs sustentados por verbas públicas de instituições dominadas por petistas. A avaliação de deputados e senadores do PT, confirmada por pesquisas de opinião, é que o partido, até agora, é o maior perdedor na CPI do Cachoeira
Não vai conseguir.
ResponderExcluirO PT só delibera alguma coisa na CPI se contar com o PMDB. E, o PMDB tem um pouquinho mais de juízo.
Armando.
Sabe quem era o presidente da mesa na solenidade que lançou o candidato do PT a prefeitura de São Paulo? Jose Dirceu. Agora vai.
A senadora Marta Suplicy caiu fora.
É desespero total.
ResponderExcluirNa mesa de José Sarney, na presidência do Senado, está sob análise um pedido de impeachment de Joaquim Barbosa, relator do escândalo do mensalão. É, evidentemente, coisa de mensaleiro. Mas todo cuidado é pouco.
A pelo menos um presidente de partido, Lula disse recentemente que procuraria os onze ministros do STF para falar do mensalão.
ResponderExcluirJustificou a intromissão assim: fora da presidência poderia dizer com mais facilidade “certas coisas para certas pessoas”.
Por Lauro Jardim
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ResponderExcluirQuem acredita na sinceridade de Lula não deve ler os comentários a seguir, feitos pelo jornalista Fábio Campos:
Abaixo, o que escreveu o jornalista Fábio Campos na sua coluna publicada neste domingo – 3 de junho – no jornal “O Povo”, de Fortaleza. A conferir.
“Não tenho vergonha de pedir desculpas" – disse então presidente Lula, na noite do dia 12 de agosto de 2006, portanto há quase seis anos, quando ocupou rede nacional de rádio e televisão para fazer um pronunciamento. Uma fala que certamente entrará nos compêndios de História do Brasil. O País vivia a efervescência de um escândalo que um ano antes começara a chegar ao conhecimento do distinto público. Era o mensalão, neologismo popularizado a partir de uma entrevista do então deputado federal Roberto Jefferson.
(continua)
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ResponderExcluir“Em resumo, em seu discurso, Lula pede desculpas ao povo brasileiro pelos acontecimentos que atingiram o seu Governo em cheio e envolveram personagens de proa do petismo, como o então chefe da Casa Civil, José Dirceu. Vale um “refresco” na memória. Afinal, há uma linha muito bem organizada que tenta colocar o mensalão como obra de ficção da imprensa. É a mesma linha que trabalhou agora para desmoralizar a denúncia elaborada pelo Ministério Público.
“Vejam a seguir alguns preciosos trechos da fala presidencial. Aqui, Lula diz, com todas as letras, que foi traído: “Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento”. Lula sugere a punição exemplar dos envolvidos: “Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país... Se estivesse ao meu alcance, já teria identificado e punido exemplarmente os responsáveis por esta situação”.
(continua)
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ResponderExcluir“Lula falou do papel das instituições: “O Congresso está cumprindo com a sua parte, o Judiciário está cumprindo com a parte dele. Meu governo, com as ações da Polícia Federal, está investigando a fundo todas as denúncias. Determinei que ninguém fosse poupado, pertença ao meu Partido ou não, seja aliado ou da oposição”. Atentem para um trecho que se relaciona bem de perto com os fatos de hoje: “E vamos continuar assim até o fim, até que todos os culpados sejam responsabilizados e entregues à Justiça”. Pronto, foi o que de fato aconteceu. O processo está no Supremo há cinco anos.
“Enfim, ao fim da fala, um solene pedido de desculpas: “Queria, neste final, dizer ao povo brasileiro que eu não tenho nenhuma vergonha de dizer que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas”. Portanto, que o processo do mensalão seja julgado. Que os ministros do Supremo definam suas posições de forma independente, baseados exclusivamente nos autos do processo. Esta página precisa ser virada”.
Prezado Armando.
ResponderExcluirTudo que consta nos seus comentários eu postei num vídeo na sua ultima postagem. Quem quiser ver e ouvir o discurso piedoso e malandro defendendo sua pele, a época, é só baixar. Livre, hoje defende os bandidos mensaleiros.
Quando acho que a quadrilha petralha já fez de tudo para se manter no poder e esconder seu mar de lama, eis que surge um fato novo que mostra como seus líderes consegues se superar cada vez mais...
ResponderExcluirO PT está no poder porque o povo brasileiro não quer mais nem pintado de ouro é o PSDB desgovernando esse país. Até o guru deles, o sociólogo que fala com um ovo na boca, concorda. Pois o que o FHC propôs em artigo foi que o PSDB assumisse de vez sua simpatia pela classe média alta. A democracia pode ter seus defeitos, mas o bom nela é que agrada a maioria e irrita uma minoria que perdeu privilegio. Querem tirar a esquerda do poder, apresentem propostas melhores para melhorar o país. Não sou petista, mas, sou quase!
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