IDIOMA SEM NAÇÃO.
Quando os nossos conterrâneos que estavam em São Bernardo, vinham de férias a V. Alegre, era aquela festa, chegavam ricos e falando num idioma sem nação, como dizia o saudoso Zé Clementino.
Uma vez chegou Pedro de Raimundo Leandro vestindo calça boca de sino, calçando um sapato cavalo de aço, um gravador a tiracolo e um relógio oriente.
Acontecia a festa do padroeiro e no sábado pela manhã Pedro foi dar uma volta na cidade, acompanhado de algumas garotas. Passou pela feira onde Renato de Zé Sobrinho vendia frutas e aproximou-se da banca. Abriu a mão e bateu forte numa melancia dizendo:
- Oh meu. Quanto que é o cocômero?
Renato respondeu:
- Inteira é 5,00 e uma banda é 3,00.
Com a mão sobre a melancia Pedro disse:
- Corta essa. Bicho!
Renato passou a faca na melancia e dividiu em duas bandas, pegou uma das bandas e foi entregando a Pedro.
Pedro rejeitou dizendo:
- Qualé malandro? Eu não quero isso não.
Renato com a banda da melancia numa mão e a faca na outra falou:
- Você tem que levar. Tá pensando o que? Chegou aqui falando ingrês, me chamando de bicho e fez eu cortar a tamboroca agora vai levar.
Pedro vendo a raiva explícita do vendedor e a faca pingando aquele suco vermelho, deu uma nota de 5,00 e saiu sem nem olhar pra traz.
Taveirinha que tinha acompanhado tudo gritou:
- Ei Pedro! Tu num vai levar a cocom não.
Prezado Mundim.
ResponderExcluirIdioma sem nação me fez lembrar uma proeza do nosso amigo e parente Geovane Costa.
Um dia, ainda criança, ele gritou pela mãe: Chega mãe " a lelé tá dentro da cocoia".
Isso queria dizer, no bom portugues: "a porca tá dentro de casa".
E aí bicho:primo de primeira do passado ao futuro corta essa aqui tá tudo branco e já, logo tô passando por a vila pra nois levar um lero beleza? primo um abraço !!!!
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