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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

006 - Varzea-Alegre, politica antiga - Por Antonio Morais


Onde existia um foco de resistência, de oposição aos Correia o pau cantava. Na eleição  para o mandato de 1951 a 1954, Chegou a Várzea-Alegre  um pelotão composto  por um tenente, um sargento, um cabo e nove soldados.

Puseram-se no sitio Lagoa do Arroz para  impedir a entrada  na cidade dos eleitores dos sítios Sanharol, Serrote, Boa Vista e São Vicente, reconhecidamente  reduto de oposição aos Correia.

Dali ninguém passava, o tenente dizia: pra onde você pensa que vai?  O caboclo dava meia volta e voltava com o rabo entre as pernas.

O velho José Bezerra do São Vicente, depois do meio dia, saiu rumo a cidade, no que foi seguido  pelos ribeirinhos. Quando Chegou na Lagoa do Arroz, o tenente perguntou: Pra onde o senhor pensa que vai?  Ele respondeu sem medo: Vou votar, e não vai ser você que vai impedir. Avançou, no que foi seguido pelos demais. 

Restou ao tenente dizer: velho mais teimoso. As urnas foram  apuradas em Lavras de Mangabeira e o resultado não podia ser outro: Deu Adelgides de Figueiredo Correia.

Pior que o pelotão da policia militar era a segunda opção ou seja a recorrência ao grupo de cangaceiros do Padre Cicero. Os Sátiros da Boa Vista, opositores dos Correias, receberam a visita do exercito do juazeirense e o cipó comeu no lombo, do menino ao velho. 


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