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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Várzea Alegre é uma das cidades mais felizes do Brasil - Matéria publicada no "Diário do Nordeste" deste domingo.

Segundo o Ipea, o Nordeste é destaque no ranking brasileiro, quando o assunto é a satisfação de vida

Várzea Alegre. A região Nordeste é destaque no Brasil em ranking sobre satisfação de vida. Quando o assunto é felicidade, o povo nordestino obteve o melhor desempenho, em recente avaliação elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Se fosse um País, a região ficaria em 9º lugar.

A Lagoa de São Raimundo Nonato e o Parque Cívico são excelentes equipamentos públicos de diversão e lazer, onde a população local, entre jovens, crianças e adultos faz caminhada e aproveita as tardes ensolaradas fotos: Honório Barbosa

O cearense é conhecido nacionalmente por ser um povo alegre e cheio de tiradas de humor. É gente festiva. Um exemplo vem do município de Várzea Alegre, localizado na região Centro-Sul do Estado do Ceará.No nome desta cidade já há um forte indicativo. Basta uma visita rápida ao município para perceber que é uma terra de gente feliz, com seus personagens típicos e muita musicalidade.
"Não foi uma feliz coincidência. Historicamente essa terra desenvolveu-se, transformou-se em cidade, mas sempre manteve o espírito de felicidade em sua gente, daí o nome Várzea Alegre", afirma o secretário de Cultura, Milton Bezerra. "Aqui se brinca o ano todo com muita euforia e paz", completa.
A agenda cultural da cidade de Várzea Alegre começa na quarta-feira e se estende até o domingo, com música ao vivo, shows e apresentações de artistas locais. Erivan Show, Júnior Clementino e Antônio Carlos (Sanfoneiro Fuleragem) são exemplos atuais dos que vivem da arte. Mas em um passado não tão distante, músicos como Chico de Amadeu, Pedro de Souza, mestre Chagas e seu Prejo animavam as festas do município.


O vendedor de pão-de-queijo, Amadeu Siebra Neto, desperta a atenção dos consumidores com seu jeito peculiar de trabalhar. Ele oferece o produto cantando músicas, assobiando o hino do padroeiro do município e imitando pássaros

Até os velórios são marcados por presença de músicos e um cerimonial que inclui locutor-apresentador, que informa o tempo restante para o fechamento do caixão, e intercala com músicas religiosas e de Música Popular Brasileira, na casa onde o corpo está sendo velado.

Personagens

Atualmente, três personagens destacam-se na cidadede Várzea Alegre. O músico Antônio José de Souza, mais conhecido por Pelé, é um deles. Ele está há dez anos fazendo divulgação volante pelo município.Pedalando uma bicicleta equipada com som e um pistão, instrumento de sopro, desperta a atenção dos consumidores com publicidade musical cheia de alegria. O diferencial, segundo ele, é que as mensagens musicais são elaboradas em público.
"Sou contratado para mensagens de aniversário, declaração amorosa e tentativa de reatar relações entre os casais. Nem sempre dá certo e tem cada história interessante", revela.
Outra figura conhecida em Várzea Alegre é o ambulante Amadeu Siebra Neto. Conduzindo uma caixa de isopor, desperta a atenção dos moradores, como vendedor de pão-de-queijo e o seu jeito peculiar.
Ele oferece o produto de forma indireta, cantando músicas, assobiando o hino do padroeiro de Várzea Alegre (São Raimundo Nonato) e imitando pássaros.


O ambulante Pelé, como é conhecido Antônio José de Souza, percorre as ruas fazendo publicidade volante há dez anos, com músicas variadas. O diferencial, segundo ele, é que as mensagens musicais são elaboradas em público

O palhaço palito é mais uma figura engraçada que percorre as ruas da cidade durante todo o dia. O personagem é incorporado por João Mendonça da Silva. Como o nome do lugar sugere, alegria não lhe falta.Também sobra criatividade para driblar as dificuldades da vida e disposição ao trabalho. "Fui embora em 1990, corrido, com medo de morrer", conta com muito humor.

Na época, Mendonça era funcionário público municipal e trabalhava como fiscal. Ele prendia os animais que perambulavam pelas ruas do município. Após prender um jumento, o dono não gostou e o ameaçou."Tive medo, fui embora e passei cinco anos até melhorar do trauma",revela. De volta à cidade, surgiu a ideia de criar o personagem palhaço palito. Em um triciclo, vende sucos e salgados, desde 1997.

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