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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

De volta ao palco, Lula - o mistificador de sempre - Por Ricardo Noblat

O mistificador número 1 do país reapareceu em público – mais precisamente na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, ontem à noite.

Lula fez o que mais gosta: falar sem ser contestado para, em seguida, colher os aplausos e louvaminhas dos admiradores que o escutam em estado de graça.

O pretexto para o encontro foi a defesa da Petrobras. Lula se disse pronto para ir às ruas em defesa da Petrobras, da reforma política e da democracia.

Como de hábito, falou muito, valeu-se dos lugares comuns que sempre pontilharam sua oratória, e abusou da credulidade de um auditório disposto a acreditar em tudo o que ele diria.

Enganou, iludiu, burlou. Lembra-se de quando ele citava a mãe analfabeta? Dessa vez citou mãe e pai:

- Sou filho de uma mulher analfabeta. de um pai analfabeto. E o mais importante legado que minha mãe deixou foi o direito de eu andar de cabeça erguida e ninguém vai me fazer baixar a cabeça neste país. Honestidade não é mérito, é obrigação. Eu quero paz e democracia, mas se eles querem guerra, eu sei lutar também.

Quais os que querem guerra? Ele não os apontou. Como no auge do escândalo do mensalão em meados de 2005, quando se disse traído, mas não disse por quem.

Valeu-se do truque manjado de afirmar uma mentira para depois responsabilizar os adversários por ela. Assim:

- No caso da Petrobras, se parte do pressuposto de que tem que acabar com ela e criminalizar a política.

Quem quer acabar com a Petrobras? Lula não disse quem. Quem quer criminalizar a política? Também não disse.

Foi ele que em 2006 nomeou diretores da Petrobras que passaram a desviar dinheiro para o Caixa 2 dos partidos e também para os bolsos de políticos. Como pode querer culpar os outros?

Por fim, s sacou da velha carta descolorida pelo tempo e pelo uso:

- Estamos vendo no Brasil a criminalização da ascensão social de uma camada da população brasileira. A elite não se conforma com a ascensão dos mais pobres.

Blablablá...

Lula terá coragem de se arriscar a uma derrota na eleição presidencial de 2018? Ou ele estará certo em apostar nos seus poderes de prestidigitador? E, porta, na ignorância alheia?

Façam suas apostas.

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