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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Lula não sabia que no caminho tinha a Alemanha - Augusto Nunes.


Excitado com a chegada do Brasil às oitavas de final, anabolizado pelo almoço em que matou a sede, Lula aproveitou o comício em Curitiba para fazer da Copa da Roubalheira um instrumento de caça ao voto. O vídeo registra o trecho em que o palanque ambulante, neste 3 de julho, propõe que a Fifa transforme numa Copa sem Fim o Mundial disputado a cada quatro anos:

“Ai gente, como tá boa a Copa do Mundo, gente do céu! A gente não vê mais aqueles programas da tarde, que morre gente toda hora, não vê mais, puta merda, como era bom ter jogo à uma, ter jogo às quatro, o povo tá mais bem humorado, ó a cara de vocês como é que tá, mais feliz…puta merda, porque tem programa que a gente assiste, dá vontade da gente sair de casa, se trancar embaixo do cobertor e ficar lá”.

O embusteiro vocacional não desconfiou que havia uma Alemanha no meio do caminho. Nem poderia imaginar que o carnaval temporão seria bruscamente interrompido por 7 a 1. Na tarde em que o Brasil disputará com a Argentina ou a Holanda um improvável terceiro lugar, vai ficar trancado em casa, escondido sob o cobertor. E talvez troque palavrões por orações.

Se cumprir a promessa de ver a final no Maracanã, Dilma poderá medir a taxa nacional de felicidade com a reprise da frase que abre o falatório de Lula: “Ai gente, como foi boa a Copa do Mundo, gente do céu!” Estará no lucro se escapar do coro que ouviu no Itaquerão. Mas a vaia será mais estrondosa que a goleada que encerrou o Carnaval temporão no Brasil Maravilha.




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