A palavra esquizofrenia vem do grego e, simplificadamente, significa “dividir a mente em dois”.
Ela define um transtorno da mente que pode ser tratado farmacologicamente ou, dependendo do diagnóstico, por terapias psicanalíticas.
Há alguns tipos de esquizofrenia de natureza política que não estão classificados nos compêndios médicos e que jamais foram estudados - de forma que a cura se torna incerta, ou mesmo impossível, dependendo de sua origem.
Por exemplo: como se explica, clinicamente ou politicamente, todo o peso institucional com que o governo resolveu, no período pré-Copa, tratar os baderneiros que encheram as ruas e incendiaram, destruíram e saquearam bens públicos e privados, aos gritos de “não vai ter Copa”, ao mesmo tempo em que um dos seus ministros mais importantes, Gilberto Carvalho, da Secretaria da presidência, trocava receitas de quindim de côco com eles?
Como se explica que o ministro da Justiça desse mesmo governo tenha dito que “não toleraremos abuso de qualquer natureza, e as pessoas que praticarem ilícitos responderão nos termos da lei penal”, e que quando os termos da lei penal começam a ser aplicados, o presidente do partido desse mesmo governo proteste contra a prisão de quem praticou esses ilícitos?
O partido declarou em nota assinada pelo seu presidente que a prisão dos chamados “ativistas” (um jargão modelo 2.0) é “uma grave violação dos direitos e das liberdades democráticas”.
Esquizofrenia pura.
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