O eleitor brasileiro está bolado. Não sabe mais em quem quer votar. É bem mais fácil encontrar quem diga “tudo menos Dilma” ou “tudo menos Aécio”. Nesta eleição das eleições, o grande campeão antecipado parece ser o voto da rejeição. A maior batalha do eleitor consciente é contra o oportunismo e as ilusões do marketing. Se o Brasil quiser mais tempo para debater os temas incluídos naquelas três letrinhas mágicas, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o melhor candidato é o segundo turno.
Até agora, na ressaca da Copa e no recesso sem-vergonha do Congresso, o eleitor só sabe que todos os candidatos prometem mudar. E que a coerência morreu. A presidente petista Dilma Rousseff anuncia que terá comitê evangélico e esquece que um dia defendeu o direito das mulheres ao aborto. Promete subir em todos os palanques. Quer ressuscitar o perfil satírico da Dilma Bolada, criado por um publicitário no Facebook, com o dobro de seguidores do perfil oficial.
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