Pobre Dilma. Na última quinta-feira, Lula a criticou duramente, ao seu governo e ao PT. Disse que ela e ele estavam no “volume morto” e o PT, abaixo do volume morto.
Anteontem, voltou a bater no governo e no PT. Quanto a ele, se disse cansado, velho. Tem razão.
Fora o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), ninguém saiu em defesa de Dilma. Nem ela mesma.
Guimarães disse que Lula deveria ter feito as críticas no âmbito do governo e do partido. Para não fornecer munição aos adversários.
E Dilma reconheceu o direito de Lula criticá-la. Ordenou aos seus ministros que nada comentassem a respeito.
Para completar o quadro de solidão da presidente da República, a bancada do PT no Senado lançou uma nota de apoio a...A Lula, vítima de uma “campanha sórdida”, movida pelo “ódio”, apesar de ser “uma das raras e fantásticas lideranças que conseguem transcender os limites de sua origem social, de sua cultura e do seu tempo histórico".
Bonito, não?
Dilma está acuada pela Operação Lava Jato, o ajuste fiscal que se arrasta, as péssimas notícias sobre a economia, a rejeição popular e, agora, as críticas disparadas por Lula.
Não sabe como sair do buraco em que se meteu – a não ser dar tempo ao tempo e torcer pelo sucesso do ajuste.
À crise econômica soma-se a política. É grande o vazio de líderes. E num regimento presidencialista como o nosso, se o presidente não lidera...
Nenhum comentário:
Postar um comentário