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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Antonio de Gonçalo do Sanharol - Por Antônio Morais.


Estão os Gonçalo Araripe a solicitar que eu escreva  um texto sobre Antônio de Gonçalo Araripe do Sitio Sanharol na Várzea-Alegre. Em toda minha infância, dos cinco aos quinze anos vi  seu Antônio diariamente sentado  ao lado do meu pai no velho banco de Pau D'arco herdado por meu pai do seu besavô José Raimundo do Sanharol.

Ali se ouvia historias de um homem honrado, trabalhador e honesto.

Se eu fosse escrever as historias de seu Antônio eu tomaria  metade do livro, mas  não posso me abster de contar essa  preciosidade que serve de padrão  para o legado de grande exemplos deixado  por Antônio de Gonçalo para os seus descendentes.

Quando eu comprei a  fazenda Cacimbinha, uma área de terra  de 3 mil tarefas o meu pai  residiu   por alguns anos por lá. Certa feita ele foi a cidade e  de volta pegou carona com um  proprietário de uma  camionete C-10 e na estrada o meu pai revelou que era de Várzea-Alegre. 

O  dono do carro passou a descrever sobre seu Antônio de Gonçalo. Disse ; O homem mais honrado que conheci em minha vida foi Antônio de Gonçalo. Ele se arranchava   na minha casa quando  fazia suas viagens ao Campos Sales. Um dia ele levava um burro muito bonito e eu me interessei em comprar. Ele me disse : amigo esse burro é bonito assim, mas não serve para você, tem diversos defeitos. Aguarde que na minha primeira viagem eu trago  um outro que vai lhe atender nos seus serviços. Da próxima viagem ele trouxe um animal tão bom que eu nunca vendi. Morreu na roça.

Meu pai  informou que da casa dele em Várzea-Alegre para a de seu Antônio de Gonçalo não dava  cem braças a distancia.

Diante disse o dono do carro foi deixar o meu pai em casa, 12 km além da estrada e não cobrou nada pela passagem.


Um comentário:

  1. Nesses baixios Antonio de Gonçalo plantava arroz. No dia da colheita reuniam-se os das Panelas e da Unha de Gato e colhiam cacho por cacho e faziam uma verdadeira festa com as tradições e costumes do tempo.

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