Em matéria de desviar recursos públicos nem os santos são respeitados. Quando começaram a construir a estatua de Nossa Senhora de Fátima no Barro Branco em Crato, papocaram denuncias de desvios de recursos a torto e a direito.
Um dia eu estava em minha casa e recebi a visita de três membros desses tribunais de fiscalização. Os homens queriam que eu os levasse ao local da obra para um levantamento no andamento dos serviços.
Já estava pronto a parte que serviria de suporte para colocar a imagem em cima. Quando chegamos no local eu me apiei do carro e chegando como grão mestre a base construída encontrei um fogo numa trempe com uma panela cozinhando feijão e um cabrocha feitado numa rede.
O homem era baixinho, entroncado, calçava uma sandália dupé, vestia uma bermuda bastante encardida, uma camisa com o resquício de uma foto do Lula e um boné da Dilma Roussef.
Dirigindo-me ao suplicante disse com modos de autoridade: eu sou da policia federal e aqui estou para apurar os desvios de recursos e por os responsáveis na cadeia.
O caboclo me deu uma olhada de soslaio e lascou: oxente, "derna" de quando tu é da Policia Federal? Tu num é filho de seu José André lá do Sanharol na Rajalegue! O moço morava na Rua Raimundo Sabino a menos de 200 metros da casa de minha mãe.
A imagem que ilustra a postagem é do antigo Aeroporto Nossa Senhora de Fátima localizado na Chapada do Araripe, desativado há anos, porém, um resgate dos tempos em que os políticos não faziam da cueca cofre.
O desativamento do Aeroporto de Nossa Senhora de Fatima na chapada do Araripe roubou de todos nós o direito de vislumbrar essa imagem simbolo da fé dos cratenses.
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