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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 21 de junho de 2016

Ilícitos das eleições presidenciais: Em delação, Marcelo Odebrecht admitirá elo com repasses para Dilma

Fonte: Folha de S.Paulo
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, vai assumir no acordo de delação que negocia com procuradores da Lava Jato que controlava pessoalmente os recursos legais e ilegais que irrigaram as campanhas presidenciais de 2010 e 2014, vencidas pela presidente afastada, Dilma Rousseff, segundo a Folha apurou.
O executivo vai relatar que teve uma conversa com Dilma no México em 26 de maio de 2015, quando teria alertado a então presidente que os investigadores da Lava Jato estavam prestes a descobrir os pagamentos ilícitos que a Odebrecht fez ao marqueteiro João Santana na Suíça. De acordo com o executivo, Dilma não deu atenção ao que ele dizia.
A conversa ocorreu 24 dias antes de Marcelo ser preso pela Polícia Federal —a prisão preventiva de Marcelo completou um ano no último domingo (19). O ex-presidente da Odebrecht chegou a tratar de pagamentos ao PT com representantes do partido, em sua casa no Morumbi, na zona sul de São Paulo. 

ALERTA A DILMA
Até a descoberta dos pagamentos na Suíça, no valor de US$ 4 milhões, segundo os primeiros documentos enviados pelo país europeu, Marcelo dizia a seus interlocutores que não se sentia ameaçado pela Operação Lava Jato por acreditar que, se ele fosse preso, o governo de Dilma cairia junto com ele. Marcelo também deve dizer que não considerava crime os pagamentos ilícitos que fez ao marqueteiro do PT.
Para ele, os repasses via caixa dois são parte da cultura política do país e do sistema de financiamento a partidos no Brasil. O relato de Marcelo sobre as duas últimas campanhas presidenciais confirma uma das suspeitas dos procuradores e da Polícia Federal: a de que Santana  recebeu recursos ilícitos no Brasil e no exterior. O marqueteiro recebeu R$ 42 milhões e R$ 78 milhões pelas campanhas presidenciais de 2010 e 2014 respectivamente, de acordo com prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral. O financiamento ilícito das duas últimas campanhas presidenciais faz parte de um total de 20 temas que Marcelo já esboçou nos preparativos para a delação.
Marcelo se recusou a assumir irregularidades que teriam sido praticadas por outros diretores. Tomou essa decisão mesmo com o argumento de que a empresa deve perder a elite de seus executivos com a delação, já que terão de deixar seus cargos após o acordo ser fechado. 

OUTRO LADO
A assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff confirmou, por meio de nota à Folha, que ela esteve com Marcelo Odebrecht em maio de 2015 na Cidade do México, durante viagem oficial. Segundo Dilma, doações e pagamentos a João Santana não foram tratados na conversa. A nota diz que "todos os pagamentos pelos serviços prestados da campanha de reeleição, inclusive a João Santana, foram feitos dentro da lei e declarados à Justiça Eleitoral". De acordo com Dilma, Santana recebeu R$ 70 milhões de seu comitê –o PT arcou com mais R$ 8 milhões. A nota diz ainda que Marcelo faz "suposições" que não merecem comentários.

2 comentários:

  1. Praza aos céus!
    Onde está a legitimidade desta eleição?
    Será que nós merecíamos todos os erros praticados por essa mulher? No desgoverno dela nenhum dos pilares econômicos adotados pelo governo – superávit primário, meta de inflação e câmbio flutuante – foi atingido. O que assistimos foi escândalos e mais escândalos.
    No livro dos FRACASSOS da República brasileira, Dilma passará à história como a presidente que mais mentiu, que maquiou índices e números, provocou o maior desemprego de todos os tempos no Brasil, trouxe de volta a inflação, conseguiu quebrar a Petrobras, desmantelou a economia e manteve 39 ministros na tentativa de se sustentar no poder...deu com os burros n’água...

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  2. Prezado Armando Rafael - O Marcelo Odebrecht tem razão, caixa dois era pratica da cultura nas eleições. O que não era pratica da cultura é um empresário como ele azedar na cadeia, e, está morfando. Não acredito em deleção deste sujeito, os crimes dele terminam sendo maiores que os dos outros sairá mais chamuscado. A Odebrecht é uma organização criminosa, o Marcelo tem cara de bandido da pior especie.

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