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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 12 de junho de 2016

Segredos e revelações da História do Brasil (postado por Armando Lopes Rafael)

Você sabia que São Pedro de Alcântara é o Padroeiro Principal do Brasil?
 Logo após a Independência do Brasil, o Imperador Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Vaticano. É bom esclarecer que Dom Pedro I, já tinha feito de modo pessoal (sem autorização do Papa) a consagração do Brasil a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Isso aconteceu na cidade de Aparecida do Norte, quando da vinda de Dom Pedro I de São Paulo para o Rio de Janeiro, logo após ter declarado o Brasil independente de Portugal, com o simbólico grito de “Independência ou Morte!”, em 7 de Setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga.

Mas voltemos ao pedido de Dom Pedro I ao Vaticano. Em sua carta o nosso primeiro imperador solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa aprovado o pedido e enviado a Bula com a designação oficial do nosso Padroeiro e Protetor.
Com o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que instaurou – sem consulta popular – a forma de governo republicana no Brasil, São Pedro de Alcântara foi sendo discretamente e programaticamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos dois imperadores da nossa pátria (Dom Pedro I e Dom Pedro II, ambos registrados como “Pedro de Alcântara”).  Os golpistas, esses sim, foram autores de um golpe, pois não estava prevista na Constituição do Império a extinção da monarquia, acrescida da expulsão da Família Imperial do Brasil).

Porém, ainda hoje, o nome de São Pedro de Alcântara consta nos missais mais tradicionais da Igreja Católica. E foi num desses missais mais tradicionais, que consta São Pedro de Alcântara como “Padroeiro do Brasil” que recentemente adquiri um exemplar,  reeditado pela Editora Artpress, de São Paulo, edição de 2015. Trata-se do “Adoremus – Manual de Orações e Exercícios Piedosos” – Por Dom Frei Eduardo, O.F.M. – XX Edição Bahia – Tipografia de São Francisco – 1942).

Quem é São Pedro de Alcântara
Frei Pedro nasceu em Alcântara (Cáceres, Espanha) em 1499. Filho de Alonso Garabito e de Maria Vilela, recebeu no batismo o nome de Juan de Sanabria. Depois de três anos de estudos em Salamanca (1511-1515), entrou na Ordem Franciscana, na Custódia do Santo Evangelho (1516), que mais tarde, em 1520, se converteria em Província de São Gabriel. Em Majarretes (Badajoz), lugar de seu noviciado, nasceu um novo homem: Juan de Sanabria se transformou em Pedro de Alcântara.

Durante muitos anos, Frei Pedro de Alcântara foi diretor espiritual da Família Real de Portugal.  Ali fez um grande trabalho de santificação com os membros daquela família, de onde surgiram alguns santos da Igreja. Ainda hoje a família Bragança é tida como a Família Real mais católica do mundo.

São Pedro de Alcântara foi confessor e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila e ajudou na reforma da Ordem Carmelita. Santa Teresa escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não é capaz de uma tal perfeição. Este homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a este santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.

Depois de uma grande atividade eremítica e apostólica, morreu em Arenas de San Pedro (Ávila), no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos. Em 1622 foi beatificado por Gregório XV e, em 1669, foi canonizado por Clemente IX. Em 1826 foi declarado Padroeiro do Brasil.

Um comentário:

  1. Postagem importante. Resgata os valores da história e memória de uma época personificada na formação cristã.

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