Dissolve-se o clima festivo das Olimpíadas e a vida quotidiana retoma seus direitos. O que nos espera? O que aguarda o Brasil? João Domingos, jornalista, questionou o senador Lindbergh Farias sobre as manifestações populares pró-Dilma. “Não estamos mais conseguindo mobilizar ninguém”, admitiu o petista. João Domingos foi até Miguel Rossetto, o mais próximo conselheiro de Dilma e indagou por que havia sido relativamente fácil afastar a Presidente: “Por que não temos 10% de apoio. Não temos as ruas”. Alvejou ao constatar o óbvio: “Porque os golpistas têm mais força do que nós”. Dizem os espanhóis, a confesión de parte, relevo de pruebas.
Convém recordar que a enorme impopularidade da administração petista decorreu da queda do padrão de vida, da carestia, do desemprego crescente. Veio ainda da sensação de roubalheira generalizada. Os senadores favoráveis ao impeachment, provavelmente mais de 54, ao votar NÃO terão em vista apenas os crimes de responsabilidade. Seu olhar se fixará também no destruidor conjunto da obra petista.
Tudo o indica, Dilma será esquecida e logo respiraremos outra atmosfera, cada vez menos relacionada com o clima anterior.
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Provavelmente o governo novo terá até dezembro de 2018 para executar seu programa. Se o TSE reprovar as contas de campanha da chapa Dilma-Temer antes de 31 de dezembro próximo, o que é difícil acontecer, o presidente terá o mandato cassado, assumiria Rodrigo Maia e em 90 dias haveria nova eleição presidencial. Se a referida condenação do TSE acontecer após 31 de dezembro próximo, mesma situação, mas, em eleição indireta o Congresso elege outro presidente. Nesse caso, o provável é a eleição de alguém com programa de governo parecido ao de Temer. O rumo pouco mudaria.
A política é a melhor escola que existe, o político o pior aluno. Não aprende nunca, embora os exemplos estejam bem a vista de todos. Depois do afastamento, se houver, faça das palavras do Tiririca as minhas : Pior do que está não fica.
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