A operação que investiga o comércio de sentenças judiciais no Ceará detectou também indícios de participação de advogados em crimes contra a liberdade sexual e pornografia infantil.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), caso sejam confirmadas as evidências os crimes serão julgados na primeira instância.
O alvo da segunda fase da operação Expresso 150 deflagrada nesta quarta-feira (28) são advogados e desembargadores supostamente envolvidos na venda de decisões nos plantões do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).
"Com o aprofundamento de investigações relacionadas ao caso, apuram-se ainda indícios de prática de crimes contra a liberdade sexual e pornografia infantil que podem ter advogados como participantes do esquema. Caso sejam confirmadas as evidências, os crimes serão julgados pela primeira instância de Justiça", diz nota da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os mandados da segunda fase da Expresso 150 foram cumpridos nesta quinta contra advogados, dois desembargadores da ativa e um aposentado, suspeito de participação em comércio de sentenças, entre 2012 e 2015, para liberação de criminosos a partir de liminares em habeas corpus em plantões judiciais do TJ-CE. Dois representantes da PGR acompanharam as ações.
O nome da operação, Expresso 150, faz alusão ao valor pago por advogados para soltura de criminosos, que chegava a R$ 150 mil. Em relação a essa prática, são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e associação criminosa.
Foram realizadas, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 24 conduções coercitivas e foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, com foco nos desembargadores e advogados.
Triste para o Ceará, lamentável para o Brasil e vergonhoso para justiça. Desembargadores atuando em sentido contrario do que determina a lei deviam ter punição em dobro. Cinismo, escárnio como falou a Presidente do STF Carmen Lucia.
ResponderExcluirO Ceará é manchete nacional. O Ciro Gomes tinha razão quando dizia que no Ceará o Moro não teria vez.